Preso dono de empresa que teria sonegado pelo menos R$ 220 milhões no Ceará

Vitor Bandeira, dono da principal beneficiária em esquema de corrupção investigado pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), se entregou na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) nesta terça-feira, 30.

O empresário é dono da empresa Bandeira Indústria de Alumínio Ltda, com sede em Jaguaribe, e um dos suspeitos da Operação Aluminum que estava foragido. Ainda estão sendo procurados: Pedro Machado de Oliveira (prisão preventiva), Bruno Vinicius Ribeiro Lopes, Elton César Bezerra e Washington Galdino De Melo (prisões temporárias).

>> Entenda como funcionava o esquema

Deflagrada no dia 16 de abril, a Operação expediu 53 mandados judiciais, sendo 15 de prisão temporária e três de prisão preventiva nas cidades cearenses de Juazeiro do Norte, Jaguaribe, Eusébio e Fortaleza, além de São Paulo e Sergipe.

Com início em 2018, a investigação começou após a Secretaria da Fazenda do Estado notificar evidências de um grande esquema criminoso, que atuava, principalmente, em crimes contra a ordem tributária. A principal atividade da organização se voltava para a criação de empresas fantasmas, que emitiam notas fiscais fraudulentas.

A Bandeira mantém relações comerciais com diversas outras empresas de fachada no Maranhão, Piauí, Ceará, Sergipe, Bahia e São Paulo. Nos últimos 4 anos as empresas teriam movimentado juntas cerca de R$ 5,5 bilhões. Sozinha, estima-se que a Bandeira sonegou R$ 220 milhões entre 2014 e 2018.