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Quatro operários ficam feridos após desabamento em obra na Aldeota

O acidente ocorreu por volta das 9h30min; os operários foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados ao Instituto Dr. José Frota; não houve mortes

10:44 | 11/10/2015
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Atualizada às 13h15min

Quatro pessoas ficaram feridas após um desabamento em uma obra da construtora Santo Amaro, no cruzamento das ruas Canuto de Aguiar com Nunes Valente, neste domingo, 11, no bairro Aldeota.

O acidente ocorreu por volta das 9h30min. Não houve mortes. 

Os operários foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados ao Instituto Dr. José Frota.

Segundo informações do Samu, os trabalhadores chegaram ao hospital conscientes. Um deles sofreu fratura exposta, os outros três tiveram escoriações leves.

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  Francisca Natália, 22, esposa de um dos operários que trabalha há cerca de um mês na obra, Odair José Rodrigues Nogueira, 23, aguardava na Emergência do IJF. A mulher havia sido informada de que o marido, junto com as outras vítimas, estava passando por exames de Raio X.

Um engenheiro que estava responsável pela obra disse ao O POVO que os profissionais usavam equipamentos de segurança no momento do acidente. De acordo com ele, os trabalhadores tentavam alcançar uma rede de proteção, para evitar curto-circuito com a fiação elétrica, quando o acidente ocorreu.

A rede teria caído em cima da estrutura que veio a desabar, chamada de ‘bandeja’.

Agentes da Defesa Civil estiveram no local e identificaram o caso previamente como ‘acidente de trabalho’. Eles afirmaram que o prédio está com ‘estrutura íntegra’, sem indícios de danos que comprometam a segurança.

[FOTO2]

[FOTO3] Transtornos

  A população da região conta que ouviu um ‘estrondo’ no momento da queda  e denuncia que a obra causa transtornos frequentes.   Os moradores que  transitam pelo entorno da construção se dizem ‘com medo’, por conta dos  materiais que caem na rua.
  Uma das moradoras, residente há 20 anos no local, explica que o filho de  nove anos é o mais prejudicado. A criança passou por cirurgia no coração há  seis anos e sofre com a poluição causada pela poeira da obra, que não usa  tela de proteção, ressalta a mulher.

De acordo com ela, além da poeira que entra nas casas e nos carros, materiais da construção costumam atingir com frequência a rua.

Recentemente, um pedaço de concreto despencou do prédio e caiu na pista, a poucos metros de um transeunte, afirma a moradora.

A comunidade está se organizando com a liderança do bairro para providenciar um abaixo-assinado contra a obra.

Queda de energia

Na última quinta-feira, 8, os moradores denunciaram ao O POVO Online que o fornecimento de energia do bairro foi interrompido, após queda da rede de proteção da obra. A construtora alegou que o equipamento de proteção teria sido instalado por uma empresa terceirizada.

O engenheiro que estava no local dando esclarecimentos afirmou não ser o responsável direto pela obra. O contato do profissional que responde pela construção do prédio foi repassado ao O POVO Online, mas o telefone estava desligado.   

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