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Policiais Civis realizam protesto na Assembleia Legislativa

Categoria reivindica melhores salários para evitar alto índice de pedidos de exoneração na corporação

11:47 | 22/10/2015
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Policiais Civis realizam manifestação na manhã desta quinta-feira, 22, na Assembleia Legislativa do Ceará. A reivindicação da categoria é uma reestruturação salarial para que os profissionais da corporação não abandonem seus cargos. O grupo ocupou parte da galeria do Plenário 13 de Maio e também algumas salas de auditório da Casa Legislativa.

De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol Ceará), Ana Paula Cavalcante, mesmo sendo uma categoria de nível superior, os policiais civis tem rendimentos menores que outras categorias de ensino médio. "Para que se tenha ideia, um policial civil se aposenta ganhando quatro mil reais. Já os agentes penitenciários, com todo o respeito à categoria, são de ensino médio e se aposentam ganhando oito mil reais".

Ainda segundo a sindicalista, o baixo salário vem levando os agentes da categoria a desistirem da profissão. "Em 2012, tivemos um concurso que acrescentou 1.480 policiais, entre escrivães, inspetores e delegados. Destes profissionais, hoje só restam cerca de 600, tanto é que já vai haver um novo concurso para preencher essa lacuna. Perdemos, em média, 4 policiais por semana, com pedido de exoneração. Estes profissionais estão migrando para o Piauí, por exemplo, onde o salário é o dobro do nosso, ou então pra Sergipe, onde o policial civil se aposenta ganhando o triplo do que ganha um policial aposentado aqui no Ceará. Estamos perdendo ótimos profissionais para estados mais pobres que o nosso. Precisamos urgente de uma reestruturação salarial para estancar esta sangria", reclamou.

Ana Paula informou que, atualmente, o quadro de policiais civis no Ceará conta com 2.600 profissionais, entre escrivães, inspetores e delegados. Deste número, cerca de 1.600 são inspetores, porém, grande parte desse efetivo não está investigando os crimes que acontecem. "Dos 1.600 inspetores, cerca de 600 estão nas delegacias custodiando os presos e fica um número muito baixo de profissionais investigando e buscando solucionar crimes. Enquanto esta situação permanecer, nada mudará; será como enxugar gelo", alertou.

Uma carta de reivindicações da categoria foi lida no plenário pelo deputado Dr. Santana (PT), e a expectativa dos manifestantes é de que a categoria seja recebida pelo presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque (PROS) e pelo líder do governo, Evandro Leitão (PDT).

 

Redação O POVO Online

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