Consultada pelo O POVO Online, a advogada de direitos humanos Luanna Marley, do Escritório Frei Tito da Assembleia Legislativa do Ceará, acredita que o grupo de paquistaneses e de um afegão - presos no Ceará - teve seus direitos violados. Para Luanna, a Polícia Federal agiu com uma conduta arbitrária na prisão dos estrangeiros.

"Faltou uma conduta de verificação mais responsável da situação. Temos um estatuto do estrangeiro que vai indicar uma série de fatores no Brasil e é preciso respeitar e saber quais são os documentos nos quais o Brasil é signatário sobre direitos humanos. É preciso verificar isso minimamente para que não haja violação dos direitos humanos", disse Luanna.
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Segundo a advogada, o Brasil é um país constitucionalmente que prevê esse acolhimento ao estrangeiro. "Teve essa postura da PF, não só de armar o flagrante e submeter eles a esse tipo de violação direitos. Na realidade, não era para ter ido para o Carrapicho por várias questões, é bem complicado. Tem as questões da alimentação e da cultura que implicam na integridade psicológica e moral deles. De fato, eles estão fugindo de um cenário de guerra. Você vai no desespero esperando que algum país democrático, que prime pelos direitos humanos, o acolha. O Brasil se encaixaria nesta questão, apesar de que o destino final não seria o país", relatou.