Um motim aconteceu na manhã desta quarta-feira, 14, no Centro Educacional Dom Bosco, no bairro Passaré, em Fortaleza. Internos queimaram colchões da unidade, alegando insatisfação com a situação dos alojamentos. Além do tumulto no local, surgiram rumores de que uma nova rebelião teria se iniciado no Centro Passaré, porém, a Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS) negou o fato.

De acordo com uma testemunha que está no Centro Educacional Dom Bosco e que preferiu não ser identificada, o motim teve início porque os adolescentes reclamavam da insuficiência de atividades socioeducativas na casa. A situação chegou a ser controlada, mas, em poucos minutos o motim foi reiniciado.

Ainda segundo o informante, os internos iniciaram a queima de vários colchões nas celas. A reclamação é de que estes utensílios já se encontravam velhos e sujos, o que causava coceira em quem os utilizava. Os adolescentes também reivindicam a garantia de acesso a atividades educativas na unidade, como aulas, oficina e prática de esportes. No fim da manhã, a Polícia foi acionada e a situação foi controlada.

Passaré

Durante a rebelião, surgiram rumores de que um novo motim estaria acontecendo no Centro Socioeducativo Passaré, que já havia sido palco de uma rebelião na noite da última terça-feira, 13. A informação, entretanto, foi negada pela assessoria de comunicação da STDS, que justificou a presença de contingente policial no local como rescaldo do motim do dia anterior.

De acordo com o órgão, os policiais compareceram ao local para fazer a recontagem dos internos e também a vistoria dos prejuízos causados pelo tumulto. A STDS também informou que, em uma vistoria preliminar, alguns colchões foram queimados na entrada da unidade, travas de portas foram danificadas e um bebedouro foi destruído.

Ainda segundo a secretaria, uma equipe de engenharia já se dirigiu ao local para providenciar o conserto dos danos. Com relação ao motim no Centro Educacional Dom Bosco, o órgão informou que ainda iria se dirigir ao local para averiguar o ocorrido.

Redação O POVO Online