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Servidores da UFC decidem por continuidade da greve

A categoria irá apresentar ao governo proposta de reajuste de 9,5% ainda em 2015 e de 5,5% para 2016

19:14 | 09/09/2015
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Em assembleia, servidores do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado do Ceará (Sintufece) decidiram pela continuidade da greve, no fim da tarde desta quarta-feira, nos jardins da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC). A categoria, que está em greve há 84 dias, formulou e votou uma contraproposta a ser encaminhada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Na proposta, os trabalhadores pedem reajuste de 9,5% ainda em 2015 e de 5,5% para 2016.

"Percebemos ganhos, porque o governo recuou da proposta inicial de reajuste em um pacote de quatro anos. Mas a proposta de reajuste de 5,5% e 4% (para 2015 e 2016, respectivamente) é abaixo do inflação do período. Nós queremos também que em 180 dias o governo encaminhe para o Congresso Nacional um projeto de lei que defina a nossa data-base e o acordo coletivo de trabalho", detalha Keila Camelo, coordenadora-geral do Sintufece.

Ao final da assembleia, servidores, professores UFC, e estudantes reuniram-se em um ato unificado, com palavras de ordem, cirandas e cânticos, nos jardins da Reitoria, na Avenida da Universidade. Para Keila, a unificação é "essencial' por se tratarem de movimentos com pautas em comum. "A nossa luta não é apenas por direito econômicos. É em defesa da educação, pela valorização dos profissionais, e que o governo não retire mais verba da educação, e devolva para os cofres da educação os R$ 9 bi que retirou”, aponta.

Apresentando os mesmo argumentos para unificação, a professora Irenisia Torres de Oliveira, membro do comando de greve dos professores, salientou que as negociações em relação aos reajustes salariais dos docentes, em greve desde o dia 18 de agosto, permanecem em impasse. "Tivemos duas reuniões com o MPOG e uma reunião com MEC (Ministério da Educação) e o que nos foi apresentado foi a mesma proposta (reajuste de 21,3% escalonado em quatro anos, de 2016 a 2019), não avançou. Outra reivindicação importante pra gente, que era a reestruturação da carreira, não foi feita nenhuma proposta em relação a isso”, relata. 

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