Atualizada às 11h30min

Um grupo de mototaxistas protesta, na manhã desta terça-feira, 15, contra o veto integral do Projeto de Lei n° 0002/2015, que autorizava a utilização das faixas exclusivas para ônibus aos permissionários do serviço de mototáxi. Após concentração na Praça do Bandeira, no Centro, os mototaxistas seguiram para a Câmera Municipal de Fortaleza, no Patriolino Ribeiro.

Segundo o Sindicato dos Mototaxistas do Ceará, a manifestação tem o objetivo de pressionar as autoridades da câmara para votarem a favor do Projeto. “O prefeito vetou esse projeto dando várias desculpas esfarrapadas de acidente, o que não tem nada a ver. Ele [Roberto Cláudio] nem sequer nos chamou para conversar, então queremos que os vereadores tomem uma providência”, detalha o presidente da categoria, José Valter de Borges Vieira.

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (Pros) vetou integralmente o Projeto de Lei, no último dia 23 de julho, justificando que a aprovação dele comprometeria a velocidade dos ônibus. "O objetivo principal das faixas é a priorização do transporte público coletivo, de forma a reduzir o tempo de viagem por meio do aumento da velocidade média, diminuindo os custos e permitindo o investimento na melhoria do sistema", disse, em documento.

De acordo com o veto, ''a inclusão de outros modais, além de prejudicar a eficiência do sistema, pode potencializar os riscos de acidentes envolvendo os ônibus e as motocicletas, veículo mais vulnerável, especificamente em relação ao incremento da velocidade do transporte público no corredor exclusivo".

Para o mototaxista Cristiano Oliveira, no entanto, o argumento de acidentes é inválido e o veto acarreta prejuízos à categoria. “Nós ficamos excluídos, temos o direito de transitar nessa faixa também. Acabamos perdendo mais tempo no tráfego, fazendo os trajetos mais devagar perdendo dinheiro”, defende.

Trâmite
O projeto foi recebido pela Câmara no último dia 1° de agosto e aguarda a designação de relator pelo presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa, vereador Carlos Mesquita (PMDB).

Carlos Mesquita, que também é o autor da proposta, disse ao O POVO Online que trabalha para "que tudo dê certo" e o veto não seja aceito. "O prefeito usou argumentos técnicos, mas eu acho que não custa nada ouvir os mototaxistas e as reivindicações", apontou.

Serviço

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