Em dez anos, a média do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) dos municípios cearense saiu de 0,530, em 2000, para 0,378, em 2010. É o que aponta o Atlas da Vulnerabilidade Social (AVS), realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado nesta terça-feira, 1º. No IVS, quanto mais próximo a 1, maior é a vulnerabilidade de um território. O Ceará, portanto, saiu de um índice "muito alto" de vulnerabilidade social para um considerado "médio" pelo IPEA.

O Ceará segue a tendência nacional: a publicação revela que as cidades brasileiras, em média, apresentavam, em 2000, IVS igual a 0,446, enquanto, em 2010, o índice é de 0,326.

O IVS mede "a ausência ou insuficiência de a ativos, recursos ou estruturas que deveriam estar à disposição de todo cidadão, promovendo condições de vida e de inserção social favoráveis", explica o AVS. São analisados dados como como fluxo de renda, condições adequadas de moradia e acesso a serviços de educação, dentre outros.

No quesito "pessoas de 6 a 14 anos que não frequentam a escola", por exemplo, os municípios do Ceará possuíam um índice de 6,41, em 2000, tendo indo a 3,11, em 2010. Isso representa uma queda de 51% no número de crianças e adolescentes nessa idade que não frequentam a escola.

"As vulnerabilidades sociais decorrem de processos sociais amplos, contra as quais o indivíduo, por si só, não tem meios para agir; e cujos rumos, só o Estado, por meio de políticas públicas, tem condições de alterar", completa a publicação.