Grupos do Ceará que possuem projetos apoiados pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos serão visitados pela organização nesta semana, em Fortaleza e Caucaia. As visitas, que integram calendário de monitoramento da fundação, coincidem com o período recente de denúncias de agressões em centros educacionais da capital cearense.

Uma das entidades visitadas pela coordenadora de Projetos do Fundo Brasil de Direitos Humanos, Taciana Gouveia, será justamente o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca), com reunião marcada para quinta-feira, 17. O centro, que divulgou vídeo com denúncias de agressões e torturas nos Centros Educacionais de Fortaleza, desenvolve projeto apoiado pelo fundo intitulado ''Educação é Justiça: garantia dos direitos à educação no sistema socioeducativo do Ceará”.

%2b Confira a entrevista de Taciana Gouveia para a rádio O POVO CBN

O Fundo visitará nesta quarta-feira, 16, o Comitê Cearense pela Desmilitarização da Polícia e da Política, também com projeto apoiado por edital. A organização acompanha casos de violência policial e aciona as instâncias competentes para apuração dos fatos, promove debates, realiza seminários, faz visitas sistemáticas a comunidades da periferia, levando material de divulgação e incentivando o engajamento e faz contatos com entidades de vítimas, movimentos comunitários, associações/sindicatos de trabalhadores do sistema de segurança.

O Instituto Negra do Ceará (Inegra), também visitado nesta quarta, é apoiado pela fundação por meio do edital anual de 2015. O Inegra desenvolve o projeto “Pelas Asas de Maat: ampliando o acesso à Justiça das mulheres em situação de privação de liberdade no Ceará”. Na sexta-feira, 18, o Fórum vistará a comunidade indígena dos Tapebas, em Caucaia.

Trabalho
Segundo a fundação, mais de 100 projetos apoiados foram visitados em todo país, desde 2007. Além dos monitoramentos, o Fundo trabalha com a doação de recursos e realiza atividades de formação. Na última semana, a fundação visitou Grupo de Transexuais e Travestis no Piauí.

Desde a criação em 2006, o Fundo contabiliza R$ 11,7 milhões destinados a cerca de 300 projetos espalhados por todas as regiões brasileiras. Os dois principais objetivos são: dar voz e visibilidade a organizações locais de defesa de direitos humanos e desenvolver um novo modelo de doações para promover o investimento social privado.

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