Placas de rua em homenagem à menina Alanis são implantadas
Alanis foi raptada quando estava com os pais em uma igreja do Conjunto Ceará. Depois, foi encontrada morta em um matagal. Antes, a via era chamada de avenida B
A avenida B, que passou a ser chamada de avenida Alanis Maria Laurindo de Oliveira, recebe desde o último dia 3 de agosto placas com a nova nomenclatura, conforme a Secretaria Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). A homenagem da via no Conjunto Ceará lembra a menina de 5 anos que foi estuprada e assassinada em 2010 por Antônio Carlos dos Santos Xavier, o ''Casim''.
Alanis foi raptada quando estava com os pais em uma igreja do Conjunto Ceará. Ela foi encontrada morta no dia seguinte, em um matagal no bairro Antônio Bezerra. Em agosto do mesmo ano, Casim foi condenado a 31 anos e oito meses de reclusão em regime fechado.
[SAIBAMAIS 1] Segundo a Seuma, estão sendo instaladas cerca de 40 placas de identificação na avenida Alanis, dez delas em postes e outras 30 nas paredes. A mudança do nome da avenida foi decretada em março de 2014, em projeto indicado pelo vereador Eulogio Alves de Melo Neto (PSC).
A defesa sustentou a tese de que Casim é um psicopata e, por isso, deveria ser internado num manicômio judicial. Mesmo assim, o júri foi unânime em condená-lo à prisão. Ele já havia sido condenado pelo estupro de outra criança de cinco anos, mas fugiu quando entrou em regime semi-aberto.
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Durante o julgamento de Casim, a mãe de Alanis, Ana Patrícia Laurindo, 27, deixou a sala na primeira meia hora. Quando o juiz lia a denúncia do Ministério Público, descrevendo em detalhes o assassinato de sua filha, ela gritou: “Desgraçado!”, e amparada por um parente, retirou-se. “A gente nem sabe direito o que sente. É ódio, raiva, daqui a pouco a gente se sente tão frágil. É muito difícil olhar para a cara dele”, emendou ao O POVO o pai da criança, Adairton Oliveira.