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MST ocupa prédio do Ministério da Fazenda no Ceará

Os ativistas protestam contra cortes do Governo Federal no orçamento para a Reforma Agrária. O movimento também pede o assentamento dos acampados no Ceará

09:16 | 03/08/2015
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Atualizada às 13h20min

Um grupo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupa, na manhã desta segunda-feira, 3, o prédio do Ministério da Fazenda do Ceará, no bairro Aldeota, em Fortaleza. O ato integra a ''Jornada Nacional da Reforma Agrária'' e reivindica o fim dos ajustes fiscais do Governo Federal no orçamento da Reforma Agrária, além de pedir o assentamento de famílias acampadas no Ceará.

Os ativistas forçaram a porta de metal da entrada do local, por volta das 5h30min, e dezenas de famílias acampam no térreo do local, impedindo a entrada e a saída de funcionários. Uma comissão foi recebida por volta das 10 horas, mas a previsão da organização é que o local seja liberado somente após reunião da equipe do MST com os governantes, em Brasília. A energia do local, conforme a adiministração, foi desligada e por enquanto as atividades estão suspensas.

“Inicialmente estamos fazendo a ocupação nas sedes do Ministério da Fazenda, porque queremos demonstrar nossa indignação com o corte de mais de 50% no orçamento da Reforma Agrária. A ocupação em todo o Brasil é para o Joaquim Levy rever essa medida, ele justifica a crise, mas os trabalhadores não podem pagar essa conta”, explicou Pedro Neto, coordenador estadual do MST-CE.

%2b Veja as fotos da ocupação no Ministério da Fazenda

Segundo o MST-CE, participam do ato em Fortaleza cerca de mil pessoas, entre mães, crianças e homens oriundos dos acampamentos e assentamentos do litoral, sertão, região dos Inhamuns e Sobral. “O ato também serve para pressionar o Governo do Estado para a construção de açudes, perfuração de poços e outras medidas contra a seca. A crise hídrica é urgente, só o carro-pipa não resolve”, frisou Neto.

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O movimento apontou que o orçamento para a Reforma Agrária caiu de R$ 3,5 bilhões para R$ 1,8 bilhão. No Ceará, o MST estima que 10 mil famílias integrem o movimento, entre acampados e assentados. Apenas um assentamento está situado na capital cearense, chamado ''17 de Abril'', no bairro José Walter.

O deputado estadual Elmano de Freitas (PT), que esteve no protesto na sede do Ministério da Fazenda, também condenou os cortes na Reforma Agrária. “Eu me formei junto do Movimento Sem Terra, sei da justeza das reivindicações. O Levy cortou mais da metade do orçamento, evidentemente que não podemos concordar. Alega-se que não têm recursos, mas temos famílias com mais de cinco anos esperando assentamento. O Brasil tem uma dívida histórico-social com elas, é preciso que a reforma agrária avance”, completou. 

A orientação da Receita Federal, que também funciona no prédio, é de que se busque o site do órgão para substituir o atendimento físico. Além de Fortaleza, há protestos em prédios ligados ao Ministério da Fazenda em Porto Alegre, Recife, Florianópolis, Curitiba e Salvador.

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