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Hospital no Conjunto Ceará fecha as portas para reparo na subestação de energia

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os pacientes internados foram transferidos para o Hospital da Mulher

18:00 | 24/08/2015
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O Hospital Nossa Senhora da Conceição, localizado no bairro Conjunto Ceará, está paralisado, desde o último sábado, 22, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e de alguns pacientes e funcionários que entraram em contato pelo WhatsApp do O POVO.

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Os pacientes internados foram transferidos para o Hospital Zilda Arns (Hospital da Mulher), no bairro Jóquei Clube. Segundo a SMS, a unidade do Conjunto Ceará deu início à troca de sua subestação elétrica.
 

“Os pacientes internados no Hospital Nossa Senhora da Conceição começaram a ser transferidos no sábado para as unidades de saúde da rede municipal, entre os quais o Hospital da Mulher. Na entrada do Hospital, funcionários estão recebendo a população e encaminhando para a unidade mais apropriada para cada caso. As equipes do Nossa Senhora da Conceição estão reforçando o trabalho nas unidades que receberam pacientes daquela unidade”, afirmou a SMS ao O POVO Online.

De acordo Francisco Alencar, médico e coordenador dos hospitais e unidades especializadas da SMS, ambulâncias do próprio hospital estão na unidade para possíveis urgências e assim, "facilitar a chegada dos pacientes à outros hospitais", disse o coordenador.

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Na tarde desta terça-feira, 24,  Alencar, o articulador político do prefeito Roberto Cláudio, Arnaldo, juntamente com outros oito representantes da comunidade reuniram-se para explicar a população o motivo da decisão e o que ocasionou esse fechamento repentino.

De acordo com Alencar, a situação do hospital Nossa Senhora da Conceição é consequência de um excesso de equipamentos elétricos, os quais foram instalados sobre uma estrutura não apropriada.

Segundo ele, na última sexta-feira, 21, durante o dia, o hospital ficou sem energia, e a Companhia de Enegia Elétrica do Ceará (Coelce) foi chamada, juntamente com a empresa responsável pela instalação elétrica do hospital.

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A Coelce, no entanto, detectou que o problema era interno e logo a empresa fez um breve levantamento apontando que o problema estava no quadro de energia. Após a troca do quadro, segundo o coordenador, no sábado, 22, ele aqueceu novamente, apresentando uma maior gravidade à estrutura da unidade hospitalar.

“Com o segundo acontecimento, a empresa disse que não ia intervir mais, já que não poderia oferecer segurança a unidade. Para garantir a qualidade no atendimento do paciente, por segurança, fizemos a transferência", disse Alencar.

Transferência

Para a retirada dos pacientes o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, além das ambulâncias do próprio hospital. Segundo Alencar, a transferência foi tranquila e nenhum paciente sofreu algum dano.

"Eu estava presente e uma avaliação foi feita. Os pacientes concordaram com nossa decisão , já que foi pensando na saúde de cada um, que fizemos esse procedimento. Não é fácil, não estava previsto, por isso todos foram surpreendidos", disse o coordenador.

Príncípio de incêndio

Uma funcionária da sala de parto, que pediu para não ser identificada, contou ao O POVO, que durante a madrugada de sábado para domingo houve um principio de incêndio, após um curto circuito. O hospital ficou temporariamente sem energia, mas logo em seguida, com “gambiarras que eles sempre fazem”, a energia se normalizou.

“Houve um curto circuito e as instalações estavam sendo refrigeradas por ventilador e todos os funcionários foram levados, juntos com os pacientes, para o hospital da mulher. Até ontem [domingo] algumas mulheres estavam nos alojamentos aguardando ser transferidas,” afirma a servidora.

Segundo a funcionária, a pretensão é de abrir mais um hospital. "E nós, os funcionários, não temos respostas sobre o que vai acontecer daqui pra frente”, afirma.

De acordo com Alencar, "todos os servidores trabalharão dentro de suas cargas horárias. Nenhum funcionário terá o horário alterado e todo serão locados em outras unidades hospitalares, durante o período, ainda sem definição, dessa reforma", conclui.

Segundo a servidora, o hospital da mulher, um dos locais a receber pacientes, não tem estrutura para comportar mais funcionários.

“Todo material do Nossa Senhora da Conceição foi levado para o hospital da mulher como medicação, aparelhagem e até colchão, que lá no hospital da mulher não tem. Nem água para funcionária tem”, conclui.

Mas, para o Alencar, os hospitais da rede pública, atualmente funcionam em sintonia. Ou seja, "se os pacientes do Nossa Senhora da Conceição são levados para outro hospital, obviamente, que todo o material será levado junto, já que cada unidade comporta uma demanda  diferente”, afirmou o coordenador.

Dados

O Hospital Nossa Senhora da Conceição, em média, de acordo com dados do mês de maio atendeu 144 partos normais, 89 cesárea.  
Já os exames laboratoriais chegaram a 20 mil exames. Pediatria somou 1207 e todo o atendimento de obstétrica totalizou 1077.

Manifestação

Nessa terça-feira, 25, uma manifestação promete reunir médicos, conselheiros médicos, moradores da comunidade e servidores do hospital pedindo o conserto das instalações do local e que o hospital abra as portas.

Ainda de acordo com a funcionária do hospital, além dessa, outro manifestação promete reunir a comunidade na próxima quinta-feira, 27, em frente a emergência do hospital.  

 

 


 

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