Manifestação cobra políticas públicas para crianças em situação de rua
Exigência de políticas públicas para crianças e adolescentes em situação de rua e apoio a entidades que trabalham com este tipo de público, estão entre as reivindicações da ação 'Criança não é de rua' na Capital
A campanha nacional já reúne, neste momento, cerca de 50 pessoas vindas dos bairros Pirambu, Barra do Ceará e Vilha Velha. A expectativa é que outros grupos cheguem ao Passeio Público, a partir das 15 horas.
De acordo com Manoel Torquato, secretário executivo nacional da campanha, antes de sair do local da concentração, as crianças e adolescentes participarão de algumas oficinas, por meio das quais poderão entender o significado do dia de hoje, bem como confeccionar os cartazes com as reivindicações da ação.
Em seguida, o grupo seguirá para a Praça do Ferreira, onde será feita uma panfletagem. A manifestaão será encerrada no Paço Municipal.
"Além de exigir políticas públicas para crianças e adolescentes em situação de rua, também cobraremos o apoio e o pagamento de quatro entidades [Casa do Menor São Miguel Arcanjo, O Pequeno Nazareno, Sociedade da Redenção, Associação Cultural dos Amigos do Piauí (Acampi) e Barraca da Amizade] que prestaram seis meses de serviço e a Prefeitura não pagou", explica Torquato, que ressalta que estas instituições são as únicas que trabalham com este tipo de público em Fortaleza.
"O calote é de quase R$ 500 mil. É preciso que priorizem o atendimento a meninos e meninas em situação de rua", critica o secretário executivo.
'Criança não é de rua'
Trata-se de campanha nacional de enfrentamento à situação de moradia de crianças e adolescentes vivendo nas ruas. É uma ação de mobilização em defesa dos direitos dessas crianças e adolescentes, coordenada pela associação Pequeno Nazareno.
A campanha incentiva o diálogo sobre a importância da aproximação feita pelos educadores sociais na rua, da convivência familiar e comunitária, dos espaços de acolhimento institucional governamentais e não governamentais, além das políticas públicas, financiamento governamental, e tecnologias sociais que envolvem as crianças e os adolescentes em situação de moradia nas ruas.
'Sim à vida'
O projeto Sim à Vida é co-financiado pela CBM (Christoffel-Blindenmission), da Alemanha, e pela União Europeia. São atendidas diretamente 450 crianças em localidades de Fortaleza, Maracanaú e Pacatuba, além de centenas de familiares. As crianças têm sua autoestima fortalecida e os familiares desenvolvem conhecimentos de autogestão familiar, comunitária e profissional.
O principal objetivo do projeto é prevenir crianças e adolescentes contra o uso de drogas em quatro áreas de risco social em Fortaleza, Maracanaú e Pacatuba e contribuir para melhorar o acesso aos Serviços Sociais de Saúde.
Redação O POVO Online