PUBLICIDADE
Notícias

Estudantes cearenses são medalhistas na 47ª Olimpiada internacional de Química

Os cearenses Pedro Teotônio e Gabriel Amgartem, ambos de 17 anos, conquistaram duas medalhas de bronze na competição que aconteceu em Baku, no Azerbaijão

11:30 | 31/07/2015
NULL
NULL

O Ceará foi destaque na 47ª Olimpíada Internacional de Química, que aconteceu entre os dias 20 e 29 de julho em Baku, no Azerbaijão. Os cearenses Pedro Teotônio de Souza e Gabriel Gomes Amgartem, ambos de 17 anos, conquistaram duas medalhas de bronze. Além deles, o paulista Vítor Gomes Pires, de 16 anos, também recebeu a medalha de prata da competição. Para garantir o feito, os estudantes tiveram que concorrer com alunos de 79 países de todo o mundo.

Apesar da enorme conquista esta não é a primeira medalha dos estudantes cearenses. Pedro e Gabriel já haviam sido premiados em outras olimpíadas nacionais de Química. Contudo, esta foi a primeira medalha de ambos no exterior.

Segundo Pedro, a chegada no país foi totalmente diferente do que esperava. "Quando eu fui pra lá não sabia o que me aguardava. Eu tinha falado com alguns amigos que já foram e eles falaram como era. Mas, quando cheguei achei tudo muito diferente do que imaginava", relata.

Já para Gabriel os primeiros dias tiveram clima de competição. "No começo eu achei a convivência com os outros alunos com um 'ar' de competição, pois ali são todos adversários e estão em busca da mesma premiação. Mas, depois foi muito diferente. Todos os estudantes ficaram muito amigos e, na verdade, ninguém estava preocupado com medalhas", disse.

[FOTO2]

 

 

 

 

 

 

 

Para poder disputar a olimpíada internacional é necessário bastante dedicação e esforço por parte do aluno. "Para competir é preciso passar por seis etapas, sendo duas delas regionais. No final, os 16 melhores classificados na Olimpíada Brasileira de Química participam de um curso em alguma universidade do Brasil. Após o término, o aluno faz outra prova e os três ou quatro melhores são credenciados a participar da Olimpíada Internacional", destaca Pedro.

O próximo desafio para os jovens cearenses já tem local e data marcada. Em pouco mais de um mês, os estudantes irão competir a Olimpíada Ibero Americana de Química, em Teresina, no Piauí.

Apesar do grande currículo de medalhas e competições, os estudantes pretendem seguir áreas bastante diferentes na profissão. De acordo com Pedro, sua paixão é por computador. "Gosto muito de computadores e, a princípio, não quero fazer química, mas sim ciência da computação. Quero trabalhar com criação software, pois acho que me identifico mais", ressalta.

Já o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) deve ser o provável destino de Gabriel. "Não me vejo trabalhando com química, pois é muito complicado. São anos dentro de um laboratório. Eu penso em fazer ITA, mas também ainda estou vendo. Sou muito novo", afirma o cearense.

Preparação

Disputar olimpíadas internacionais requer uma rotina de estudos bastante cansativa. Segundo Gabriel, a preparação inicia um ano antes da competição. Para conquistar esta medalha, ambos tiveram que se dedicar a três expedientes diários de estudo.

"Todo dia de manhã nós temos aula de química orgânica, química geral e físico-química. Somente no período da tarde é que temos aulas das outras disciplinas. Chegamos por volta da 8h no colégio e voltamos às 20h para casa. Quando está chegando mais próximo da competição, nós somos liberados das aulas da tarde e focamos só nos estudos para as olimpíadas.", relatam os estudantes cearenses.

Mas para superar a difícil rotina, Gabriel garante que a prática de exercícios físicos é essencial para conquistar as competições. "Quando chego do colégio vou jogar bola. Antes fazia natação. Acho que se não fizesse isso ficaria louco. Acho que é o diferencial na rotina para garantir um bom resultado", completa o jovem.

TAGS