Após cerca de três meses de investigações, os policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) prenderam um homem apontado como o chefe de um esquema de falsificação de documentos de veículos nesta segunda, 15. O preso tinha documentos com o nome Antônio Fernando Santos Santana, 35, os policiais apreenderam dezenas de folhas de Documento Único de Transferência (DUT) de automóveis e materiais utilizados no falso preenchimento. Ele foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária por envolvimento no furto de documentos da sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Os policiais descobriram que a documentação era falsa.

Fernando foi abordado em sua residência, no Parque Santana, no bairro Mondubim. No imóvel, os policiais civis apreenderam aproximadamente 70 folhas de DUTs – algumas já preenchidas com falsas informações e outras em branco –, além de aparelhos com informações de veículos como computador, HD externo e material utilizado no acabamento de placas. Além disso, também foram encontrados documentos falsificados, como duas certidões de nascimento e anotações com diversas placas de veículos.

O preso foi conduzido à sede da DRFVC e autuado em flagrante por receptação, falsidade ideológica e uso de documento falso. Durante o interrogatório, os policiais descobriram que o homem usa nome falso. A Polícia trabalha agora para descobrir a sua real identidade.

 

Dois Boletins de Ocorrência (BO) foram registrados pelo furto de DUTs do Detran em 2013 e 2014. As duas situações somam cerca de 1.200 documentos subtraídos da instituição. Fernando preenchia as folhas dos DUTs furtados, clonando informações e placas de outros veículos e repassava o material para criminosos que circulavam com carros roubados. Inclusive, o acusado possuía um programa em seu computador que anexava falsas informações ao papel original do DUT com padrão de impressão semelhante ao utilizado no Detran. 

Os dados eram clonados de carros com características como ano, cor e modelo semelhantes ao automóvel subtraído. Assim, quaisquer infrações cometidas eram encaminhadas ao proprietário legal da placa ou documento clonado. As adulterações eram feitas e repassadas por meio de encomendas. 

Fernando é considerado, pela Polícia, um dos cabeças do esquema criminoso. Ele confessou a atividade ilícita e alegou que recebia os DUTs de um homem que adquiria o material das mãos de um profissional terceirizado do Detran. Segundo a Polícia, as investigações sobre o caso devem continuar.

 edação O POVO Online Redação O POVO Online