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Quatro pessoas são detidas por matar bode de circo em Orós

O animal adestrado era a principal atração do circo mambembe. Acusados disseram em depoimento que iriam vender o couro e a carne do bode

09:14 | 16/02/2012

Três homens foram presos e um adolescente apreendido acusados de matar um bode adestrado de um circo mambembe do município de Orós, no centro-sul do Estado. O bode, conhecido como “Doquinha”, era a principal atração do circo Estrela do Norte, segundo informou ao O POVO Online o delegado Nartan Andrade.

Segundo relatou o delegado, na última terça-feira, 14, por volta de 22 horas, o proprietário do circo, o palhaço Perobinha, não encontrou o animal para se apresentar em mais um espetáculo. O artista procurou a Polícia, que após diligências, encontrou o animal já agonizando a cerca de 200 metros do local onde a arena estava montada. Ao lado do bode, que estava bastante machucado, os policiais encontraram várias pedras, que teriam sido usadas para matar o animal.

A Polícia chegou aos quatro acusados de furtar e matar o animal. Foram presos: Francisco Elton Lopes Alexandre, 32; Pedro Xavier da Silva, 21, conhecido como “Olho de Boi”; e Micael de Sousa, 20. Um adolescente de 17 anos foi apreendido. Todos confessaram participação no crime, de acordo com o delegado Nartan. “Um deles confessou a autoria e que tinha combinado com os outros de vender a pele e carne do animal, e, depois, e ratearem o valor”, disse Nartan. O bando também realizava pequenos furtos no município.

Os três homens foram autuados e conduzidos para a Cadeia Pública de Orós. Segundo Andrade, eles responderão pelos crimes de formação de quadrilha, furto qualificado e maus tratos contra animais. Contra o adolescente, foi aberto um boletim de ocorrência circunstanciada. Ele foi encaminhado ao Conselho Tutelar.

A morte do bode chocou a população de Orós, segundo o delegado. Por conta do ocorrido, o circo, que é de Tabuleiro do Norte, já deixou o município. Nartan Andrade revelou ainda que o palhaço tinha o bode como animal de estimação. O trabalho de adestramento era realizado há quatro anos e meio. “O proprietário ficou muito abalado e disse ontem à noite que (a morte do bode) vai inviabilizar a atividade do circo”, lamentou Andrade.


Lusiana Freire

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