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Pistoleiro acusado de integrar grupo de extermínio é julgado nesta quarta-feira

15:09 | 15/02/2012

Pistoleiro acusado de integrar grupo de extermínio está sendo julgado na tarde desta quarta-feira, 15, pela 2ª Vara Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. Sílvio Pereira do Vale Silva, conhecido como "Pé de Pato", responde por homicídio duplamente qualificado, cometido contra Lenimberg Rocha Clarindo, no dia 18 de julho de 2006, em Fortaleza.

De acordo com denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), oito pessoas, sete delas encapuzadas, invadiram a casa de Lenimberg Rocha e efetuaram 15 disparos contra a vítima, morta no local. A acusação afirma que a morte foi por engano.

O alvo seria o acusado de ser um dos autores de latrocínio praticado contra o policial Claudionor Pereira da Silva, ocorrido no mesmo dia. Ainda de acordo com o MP, os envolvidos, integrantes de grupo de extermínio, desejavam vingar a morte do PM e confundiram a vítima devido a semelhanças físicas.

Por meio de investigação, que durou mais de dois anos, chegou-se a Sílvio Pereira do Vale Silva e ao cabo da Polícia Militar Pedro Cláudio Duarte Pena, conhecido como “Cabo Pena”.

Sílvio Pereira foi identificado por testemunha como a pessoa que estava sem capuz no dia do assassinato. O réu, que se encontra na Casa de Privação Provisória de Liberdade Desembargador Francisco Adalberto de Oliveira Barros Leal, em Caucaia, negou participação no crime. A defesa será patrocinada pelo defensor público Gelson Azevedo Rosa.

O “Cabo Pena” foi julgado no dia 21 de agosto de 2009 e condenado a 14 anos de reclusão.


Investigação
A investigação dos grupos de extermínio no Ceará contou com a participação da Polícia Federal, já que policiais estaduais estavam envolvidos e dificultavam a apuração. O caso está sendo acompanhado pela Corregedoria Nacional de Justiça, por meio do Programa Justiça Plena.
Há, porém, outros processos contra grupos de extermínio no Ceará incluídos no Justiça Plena. Um deles é o do grupo era formado por policiais militares e ex-policiais, chefiados pelo major José Ernane de Castro Moura, segundo a denúncia do Ministério Público.

 

Entenda o caso
Terça-feira, 18 de julho
- 6h30min - O soldado do Gate, Claudionor Pereira da Silva, 38, é morto com três tiros nas costas, no Jardim Iracema, após ser abordado por três homens, em uma tentativa de assalto.
- 7 horas - O adolescente Rômulo Alves da Silva, 17, é perseguido por policiais, nas proximidades da ocorrência, após tentativa de roubo de uma moto, e é apreendido.
- 19 horas - Seis homens encapuzados e armados invadem as dependências do Centro de Triagem e executam Rômulo Alves da Silva com 30 tiros.
- 22h58min - O vendedor ambulante Lenimberg Rocha, 22, foi executado com 15 tiros por seis homens encapuzados, que teriam fugiram em motos e em uma Parati de cor prata.

Quinta-feira, 20 de julho

- 22h30min - O subtenente João Lúcio de Oliveira, 42, é assassinado com dois tiros na cabeça, no Alto Alegre, durante um assalto praticado por dois homens.

Sexta-feira, 21 de julho
- Início da madrugada - Antônio Wagner da Silva Soares, 22, acusado de participação na morte do policial Claudionor Pereira, se entrega diante de um pedido de proteção.
- 00h51min - O adolescente Darleison Paz Barros, 17, é executado por dez homens encapuzados, no Siqueira.
- 01h51min - Claudiano Matias, 20, foi executado com sete tiros, em Maracanaú, por cerca de dez homens armados.
- 10h20min - Em uma troca de tiros com a Polícia, um homem identificado como Fabinho foi morto. Dois suspeitos fugiram. O grupo é acusado da morte do subtenente João Lúcio de Oliveira.
- 11h30min - Acusado de participar da morte do subtenente, Francisco Régis, 18, é preso com a arma e o celular do PM.

 

Redação O POVO Online 

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