Como surgiu a cultura maker?

Os projetos desenvolvidos pelos alunos nos espaços makers de cada sede Antares são planejados e produzidos pelo Departamento de Cultura Maker

07:00 | Nov. 09, 2020

O colégio Antares é pioneiro no Ceará na utilização da cultura maker junto aos seus alunos (Foto: João Filho) (foto: João Filho)

A história da cultura maker tem raízes no movimento DIY – Do it yourself (em português, “faça você mesmo”). Como o nome sugere, as práticas DIY envolvem os atos de fabricar, consertar ou montar algo por conta própria, sem a necessidade de contratar terceiros para fazer esses serviços, estimulando a criatividade e proporcionando a satisfação pessoal no fim do processo.

Segundo Marcondes Saraiva, diretor de ensino do Colégio Antares, “a influência desse movimento na educação é bastante interessante, pois, além de aproximar a teoria da prática e trabalhar a interdisciplinaridade, o ato de aprender fazendo despertar o interesse e a curiosidade, fomenta o pensamento crítico, promove o uso e a familiarização das tecnologias e leva o aluno a buscar soluções para os problemas cotidianos de forma criativa, uma vez que a cultura maker está fundamentada em quatro pilares: CRIATIVIDADE, COLABORAÇÃO, SUSTENTABILIDADE e ESCALABILIDADE”.

Ao acessar este link, você usa um smartphone? Um computador? Este último, uma invenção da década de 70, que dava pistas de como o "Faça Você Mesmo" se transformaria em uma cultura. As ideias da cultura maker surgiram em diversos países e se alastraram ao redor do mundo por meio do movimento punk.

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Como a cultura maker pode auxiliar na construção do conhecimento em sala de aula?

“O Colégio Antares desenvolve a cultura maker desde 2010, sendo o pioneiro no estado do Ceará. Os projetos desenvolvidos pelos alunos nos espaços makers de cada sede Antares são planejados e produzidos pelo Departamento de Cultura Maker. Tais projetos buscam tornar a cultura maker um complemento multidisciplinar dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula, uma vez que seguem uma padronização de conteúdos conceituais, valendo ressaltar que todas as atividades estão relacionadas ao conteúdo programático de cada série. Portanto, os alunos têm a oportunidade de reforçar, na prática, os ensinamentos de sala de aula”, explica a supervisora pedagógica do Ensino Fundamental I do Colégio Antares, Doris Benjamin.

Cultura maker na educação

Ainda nos anos 2000, a cultura maker começou a ser reconhecida como uma importante metodologia de ensino. "Desde que o homem existe, ele é um ser maker, que produz. A gente está fazendo um resgate, trazendo isso para a sala de aula", explica a supervisora pedagógica do Ensino Fundamental I do Colégio Antares, Doris Benjamin. Todas as unidades do Colégio Antares têm um laboratório maker, justamente para facilitar o aprendizado das crianças e adolescentes.

O aluno fica "100% motivado, alegre e entusiasmado", diz o professor Marcondes Saraiva, diretor de Ensino e Aprendizagem do Antares. "Nós estamos preparando as habilidades desses jovens do século 21. Muito mais que soma e/ou subtração, é a forma correta de trabalhar em equipe, escrever seu projeto, defender sua ideia e ter tem uma dimensão que perpassa todas as disciplinas", aponta ele.