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Reforma da Previdência é plano A, diz secretário

11:30 | 26/08/2017
Em meio a sinais de que a equipe econômica estuda medidas compensatórias caso a reforma da Previdência seja ainda mais desidratada no Congresso Nacional, o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou que o governo segue comprometido com o texto substitutivo aprovado na comissão especial da Câmara dos Deputados: "Afirmo categoricamente que a gente está firme no plano A".

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na quinta-feira em evento em São Paulo que a área econômica já tem um mapeamento de medidas que poderiam ser adotadas caso a proposta seja aprovada apenas em parte no Congresso. Muitos deputados defendem que o governo resuma a reforma à instituição de uma idade mínima para a aposentadoria, movimento que pode ganhar força diante dos recentes sinais da equipe econômica. O próprio presidente Michel Temer declarou no início do mês que a reforma "não será tão abrangente" e chamou a projeto de "atualização previdenciária".

Caetano ressaltou ontem que, nas conversas com Meirelles e com os ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, as discussões são sempre em torno da manutenção do "plano A" da reforma, que é o texto construído em conjunto com o relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA). "O discurso que eu coordeno com eles, e não é só discurso, é atitude mesmo, que eles falam pra mim olhando no olho, é que estamos firmes no plano A", disse o secretário.

Depois do estouro da crise política provocado pelas delações de executivos da JBS, que culminaram em denúncia contra Temer, parlamentares reforçaram as investidas contra o governo para deixar a reforma da Previdência só na idade mínima e na regra de transição. A proximidade maior com o período eleitoral também tem pesado na avaliação de deputados e senadores, que temem que eventual aperto nas regras de aposentadoria e pensão no Brasil respingue em suas campanhas e acabem lhe tirando votos.

Há inclusive parlamentares que defendem o adiamento da reforma para o próximo governo, que começa em 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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