Exportações da indústria brasileira de defesa crescem 114% em dois anos
Produção e venda inclui aeronaves, embarcações, blindados, munições, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares e sistemas seguros de comunicação.
21:10 | Dez. 01, 2025
A indústria brasileira de defesa atingiu um recorde de exportações, totalizando US$ 3,1 bilhões, um crescimento de 74% em relação a 2024 e de 114% em relação a 2023.
Os cinco maiores importadores de produtos de defesa brasileiros são: Alemanha, Bulgária, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Portugal.
Ao todo, a Base Industrial de Defesa (BID) comercializa para aproximadamente 140 países e há, aproximadamente 80 empresas exportadoras.
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Entre os produtos desenvolvidos e exportados, incluem-se aeronaves, embarcações, blindados, munições, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação e armamentos. O setor representa cerca de 3,49% do PIB e gera quase 3 milhões de empregos diretos e indiretos.
“O Ministério da Defesa trabalha diretamente ligado para auxiliar a nossa base industrial de defesa a ter condições de produzir equipamentos, munições, enfim, uma gama variada de produtos para atender às forças armadas brasileiras e, com isso, torná-las as capazes de ter produtos com competitividade para a venda no mundo como um todo.”, afirma o secretário de Produtos de Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues.
No Ministério da Defesa, o setor responsável pelo estímulo à BID é a Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), que possui quatro departamentos. O Departamento de Produtos de Defesa (Deprod) formula propostas relacionadas à legislação do setor; acompanha as compensações tecnológica, industrial e comercial de interesse da Defesa; e gerencia o processo de cadastramento de empresas e produtos de defesa.
Hoje, são 307 empresas credenciadas e 2.219 produtos classificados. Somente neste ano, foram classificados 417 produtos e credenciadas 62 novas empresas.
Por sua vez, o Departamento de Financiamentos e Economia de Defesa (Depfin) atua, principalmente, propondo parcerias para a obtenção de financiamentos, garantias e investimentos para as instituições científicas, tecnológicas e de inovação e o acompanhamento da política tarifária que incide na importação e exportação de produtos de defesa.
Em 2025, por exemplo, foi assinado um acordo de cooperação técnica com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para fortalecer essa política por meio da ampliação da participação do setor de defesa nas exportações brasileiras, além do aumento dos índices de nacionalização de bens e serviços do setor.
Já o Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (Decti) atua para transformar o potencial científico e tecnológico brasileiro em produtos competitivos, capazes de atender às exigências do mercado internacional e ampliar as exportações.
Nos últimos cinco anos, cerca de 140 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) foram incorporados à Carteira de Projetos de Ciência e Tecnologia e Inovação (CTI) em Matéria de Defesa, com investimentos que já somam R$ 700 milhões.
Além disso, 34 projetos receberam subvenções econômicas de agências de fomento, como a Finep e o CNPq, totalizando R$ 1,1 bilhão em apoio financeiro.