Vendas do varejo no Ceará emendam terceira alta e sobem 1,5% em agosto

Pesquisa do IBGE mostra também avanço de 2,3% ante agosto de 2024 e de 2,9% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta é de 3,9%.

12:22 | Out. 15, 2025

Por: Irna Cavalcante
Vendas de artigos farmacêuticos tiveram alta de 9,7% e influenciaram resultado do setor (foto: FERNANDA BARROS)

As vendas do comércio cearense emendaram a terceira alta mensal consecutiva e subiram 1,5% em agosto, no comparativo com o mês imediatamente anterior. O resultado ficou acima da média nacional (0,2%) e o quarto melhor indicador entre as unidades federativas.

Está atrás apenas dos indicadores do Rio Grande do Norte (2,5%); Maranhão (2,5%) e Paraíba (1,9%).  

Os dados divulgados nesta quarta-feira, dia 15, na Pesquisa Mensal do Comércio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram também um avanço de 2,3% ante agosto de 2024 e de 2,9% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta é de 3,9%.

Frente a agosto de 2024, o comércio varejista brasileiro apresentou resultados positivos em 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para o Rio Grande do Norte (7,3%), Maranhão (4,3%) e Paraíba (4,0%). Do lado negativo constam 11 taxas, com destaque para Tocantins (-9,2%), Piauí (-4,2%) e Roraima (-2,1%).

Confira o desempenho das vendas por segmento no Ceará

De acordo com o IBGE, das oito grandes atividades pesquisadas na PMC, em seis o volume de vendas cresceu em relação a agosto de 2024.

  • Combustíveis e lubrificantes: 9,5%
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,1%
  • Tecidos, vestuário e calçados: 4,5%
  • Móveis e eletrodomésticos: 0,8%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: 9,7%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -0,2%
  • Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação: -40,4%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 3,3%

No Brasil, nesta mesma base de comparação, o comércio varejista teve predominância de variações positivas, atingindo seis das oito atividades: Móveis e eletrodomésticos (2,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,1%), Tecidos, vestuário e calçados (0,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (0,4%).

Já as atividades de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,7%) tiveram resultados negativos. No varejo ampliado, as três atividades apresentaram queda: Veículos e motos, partes e peças de -7,7%, Material de construção de -6,1% e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo de -1,9%.  

Comércio varejista ampliado

O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, teve um avanço mais discreto no Estado, de apenas 0,4% na passagem de agosto para setembro. Este percentual ficou abaixo da média do Brasil (0,9%).

No recorte dos setores, variaram positivamente em volume de vendas, em relação ao mesmo mês do ano anterior, os setores da Construção Civil (2%) e Atacado Especializado de Produtos Alimentícios, bebidas e fumo (3,2%). Já as vendas de veículos, motocicletas, partes e peças tiveram variação negativa de 0,2%.

No Brasil, o comércio varejista ampliado, cresceu 0,9% em agosto na comparação com julho. Frente a agosto de 2024, houve queda de 2,1%, completando três meses de perdas. No ano e em 12 meses, o varejo ampliado acumula -0,4% e 0,7%, respectivamente.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, explica que o comércio apresenta cenário de sustentação de uma base ainda alta, já que março é o pico da série com ajuste sazonal.

“Temos que lembrar que são cinco meses consecutivos com variações muito baixas, muito próximas de zero, tanto para cima quanto para baixo. O que muda é que a sequência de quatro variações pequenas, mas com viés de baixa, já estava fazendo uma diferença para o pico da série de março, em termos de patamar. Assim, com a entrada de agosto, observamos que essa diferença para de aumentar”, comenta.

De acordo com o IBGE, no País, foram registrados resultados negativos em 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Piauí (-5,3%), São Paulo (-4,3%) e Minas Gerais (-3,8%). Do lado positivo são 11 resultados regionais, com destaque para Mato Grosso (6,1%), Acre (3,2%) e Maranhão (2,9%).

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