Cesta básica de Fortaleza tem a 2ª maior alta no acumulado de 2025; confira
O valor da cesta chegou a R$ 738,09, com uma alta de 9,55% no acumulado de janeiro a julho
14:36 | Ago. 20, 2025
O conjunto dos 12 produtos que integram a cesta básica de Fortaleza apresentou uma inflação de 9,55% no acumulado de janeiro a julho de 2025, na comparação com igual período do ano passado, chegando a R$ 738,09.
A inflação desses itens na capital cearense, no ano, foi a segunda maior do Brasil, atrás apenas da de Recife, que foi 11,41%. Confira abaixo quanto aumentou a cesta básica das capitais do País incluídas no levantamento no período:
- Recife: 11,41%
- Fortaleza: 9,55%
- Salvador: 8,77%
- João Pessoa: 6,77%
- Porto Alegre: 5,96%
- Rio de Janeiro: 5,61%
- Natal: 4,67%
- Belém: 4,57%
- Florianópolis: 4,38%
- Curitiba: 3,91%
- Belo Horizonte: 3,17%
- São Paulo: 2,93%
- Vitória: 2,68%
- Aracaju: 2,61%
- Brasília: 2,02%
- Campo Grande: 0,7%
- Goiânia: 0,37%
Com esse valor, o trabalhador da Capital, considerando o salário mínimo de R$ 1.518, precisou desprender 106h e 58 minutos de sua jornada de trabalho mensal para a compra de alimentos essenciais.
Tendo em vista o salário mínimo líquido (R$ 1.404,15), ou seja, após o desconto referente à previdência social (7,5%), o indivíduo precisou gastar 52,56% do montante recebido apenas com alimentação. Já, para uma família padrão (2 adultos e 2 crianças), o gasto com alimentação foi de R$ 2.214,27.
Os dados fazem parte do Análise da Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
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Na comparação mensal com junho deste ano, também foi observada alta dos preços, com 0,41%. Dentre os produtos, seis aumentaram de preço e seis diminuíram. Com destaque, nas elevações, para o tomate (5,39%) e, nas baixas, para o arroz (- 4,59%). Confira a variação e o preço dos demais produtos:
- Tomate (12kg): R$ 122,04/ 5,39%
- Leite (6 litros): R$ 40,08/ 1,21%
- Açúcar (3kg): R$ 12,78/ 1,19%
- Óleo (900 ml): R$ 8,77/ 0,92%
- Pão (6kg): R$ 126,66/ 0,09%
- Carne (4,5 kg): R$ 222,75/ 0,04%
- Manteiga (750g): R$ 54,28/ - 0,57%
- Banana (7,5 dúzias): R$ 64,8/ - 1,26%
- Farinha (3kg): R$ 15,39/ - 1,72%
- Café (300g): R$ 21,74/ - 2,25%
- Feijão (4,5kg): R$ 27,81/ - 4,33%
- Arroz (3,6 kg): R$ 20,99/ - 4,59%
Dieese aponta que salário mínimo do brasileiro deveria ser 4,79 vezes maior do que o atual
Em relação à cesta básica mais cara em julho do País, que foi a de São Paulo (R$ 865,9), o valor mínimo necessário que uma família de quatro pessoas deveria ganhar seria de R$ 7.274,43. A quantia é 4,79 vezes a remuneração miníma vigente.
Na lista de maiores valores para as cestas básicas no mês, a posição da capital paulista é seguida por Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41) e Rio de Janeiro (R$ 823,59).
Já entre os menores estão as de: Salvador (R$ 635,08), Maceió (R$ 621,74) e Aracaju (R$ 568,52).
Cesta básica na Grande Fortaleza: balanço de julho de 2025
- Valor da cesta: R$ 738,09
- Variação mensal: 0,41%
- Variação no acumulado do ano: 9,55%
- Jornada necessária para comprar a cesta básica: 106 horas e 58 minutos
- Produtos com alta em relação ao mês anterior: tomate (5,39%), leite (1,21%),
açúcar (1,19%), óleo (0,92%), pão (0,09%), e carne (0,04%) - Produtos com redução em relação ao mês anterior: arroz (- 4,59%), feijão (- 4,33%),
café (- 2,25%), farinha (- 1,72%), banana (- 1,26%) e manteiga (- 0,57%) - Percentual do salário mínimo líquido (R$ 1.404,15) para compra dos produtos da cesta básica na capital: 52,56%