Malha aérea é um dos desafios para o setor de eventos, diz Abeoc-CE

A declaração foi dada durante o IV Summit Eventos Brasil, que ocorre até o dia 28 de maio em Fortaleza

18:31 | Mai. 26, 2025

Por: Fabiana Melo
A questão da malha aérea afeta não só o Ceará, como também o Brasil (foto: JÚLIO CAESAR)

A malha aérea é um dos desafios para desenvolver o setor de eventos não somente no Ceará como também no Brasil, segundo a avaliação do presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos no Estado (Abeoc-CE), Leonardo Araripe.

"Existe uma crise aérea no mundo, principalmente de entrega de equipamento. Não tem avião. É um desafio muito maior, até porque se a gente encontra uma situação delicada com a malha aérea, a gente tem que se virar com o que a gente tem: qualificação, bons equipamentos, estrutura, digamos assim, favorável para os eventos continuarem acontecendo."

A declaração foi dada durante o IV Summit Eventos Brasil, que ocorre até o dia 28 de maio em Fortaleza. O evento reunirá empresários, profissionais da área, estudantes e autoridades com foco em conhecimento, conexões estratégicas e fortalecimento institucional do setor.

Nesse sentido, o secretário do Turismo do Ceará, Eduardo Bismarck (PDT), avalia que a conectividade de voos é importante para que boa parte dos turistas cheguem ao Estado e é uma pauta constante, com diversos diálogos com as companhias para aumentar o número de voos.

"Temos reuniões sucessivas com a Abeoc para poder atender àquilo que o setor de eventos corporativos precisa do poder público, para induzir e conseguir fazer os seus eventos aqui no estado do Ceará [...] O turismo de eventos é extremamente importante para a perenidade e garantia de investimentos do setor privado."

Segundo o levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a tarifa aérea média subiu 134% no Nordeste em termos reais desde a pandemia. No Brasil, o percentual é de 118%.

A análise aponta ainda que apenas três companhias aéreas dominam 99,8% do mercado nacional, o que reduz drasticamente a concorrência. Como resultado, os consumidores acabam pagando mais caro, mesmo diante de um cenário de demanda aquecida.

Por outro lado, a titular da Pasta municipal, Denise Carrá, aponta que, por mais que o turismo de lazer já esteja consolidado em Fortaleza, o de eventos é essencial para atrair turistas.

"Além de qualificar nossa infraestrutura e contar com uma capacidade hoteleira boa, com os eventos sociais, a gente precisa também reforçar a nossa captação de marketing integrado e trabalhar na sustentabilidade dos ambientes, posicionando Fortaleza como esse local que pode receber eventos sociais e eventos corporativos."

Além disso, o presidente da Abeoc-CE, Leonardo Araripe, reforça que a mão de obra qualificada é um dos diferenciais que o estado pode ter na atração desses eventos.

"Vamos visitar escolas técnicas, profissionalizantes e vamos oportunizar que esses alunos conversem com essas pessoas e se sintam seguras no setor, da escolha que fizerem em relação a serem profissionais de eventos. Nós vamos qualificar lá na ponta, efetivamente."

Perse

Outro assunto debatido nesta edição é o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado em 2021 para compensar os impactos das medidas de isolamento social impostas durante a pandemia de COVID-19.

Inicialmente, o benefício estava previsto para seguir ativo até março de 2027. No entanto, em 2024, o Governo Federal estabeleceu um limite máximo de R$ 15 bilhões para essa isenção fiscal. Assim, a Receita Federal determinou que o programa será encerrado caso o teto seja atingido antes do prazo.

Para Leonardo Araripe, o programa "já passou. E agora é procurar saídas para a gente poder continuar fomentando o nosso mercado, para o nosso associado, para a empresa que trabalha com eventos."

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