Bares e restaurantes pressionam Governo Federal pela volta do horário de verão

No início de setembro, pelo menos 15 entidades de turismo, alimentação e varejo entregaram um ofício ao Governo Federal com a defesa do horário de verão

15:45 | Set. 27, 2021

No início de junho, empresários e outras entidades do setor de alimentação fora do lar, comércio e turismo fizeram pedido pelo horário de verão (foto: Fernanda Barros)

A Associação Brasileira de Bares Restaurantes (Abrasel) espera que o Governo Federal se posicione sobre a volta, ou não, do horário de verão. A pressão dos empresários se justifica, segundo eles, porque com mais tempo de luz diurna, a tendência é o aumento no movimento dos estabelecimentos ligados à gastronomia.

Além disso, o agravamento da crise energética colabora para o retorno do horário que adianta os relógios em uma hora.

Em entrevista à CNN, Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, disse acreditar que a pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha, que aponta 55% da população favorável ao horário de verão, ajude na decisão do Governo Federal.

“Minha expectativa é ter uma definição até a próxima semana e que passe a vigorar a partir do dia 15, 20 de outubro e vá até o mais próximo do final de março”, disse Solmucci.

No início de setembro, pelo menos 15 entidades de turismo, alimentação e varejo entregaram um ofício ao Governo Federal com a defesa do horário de verão. No início de junho, empresários e outras entidades do setor de alimentação fora do lar, comércio e turismo fizeram o mesmo pedido ao presidente, e não tiveram resposta.

Para o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o horário de verão, extinto pelo governo Bolsonaro em 2019, não traz economia significativa. Já para o setor de bares e restaurantes, com o horário de verão haverá crescimento no faturamento de, pelo menos, 10% por conta do aumento na demanda por happy hours.

Segundo a Abrasel, 37% dos estabelecimentos ainda operam com prejuízo por causa da pandemia e esta seria um forma de recuperar parte das perdas. No setor de entretenimento e turismo, a expectativa é de uma alta de 30% no faturamento. (Edilson Vieira do JC Online para a Rede Nordeste)