Nubank fecha a compra da corretora Easynvest e entra no mundo dos investimentos

Intenção da empresa é simplificar a complexidade do setor de investimentos. Em um primeiro momento, as duas plataformas seguem operando de forma independente

10:08 | Set. 11, 2020

Enquanto a ação da Nubank será negociada na Bolsa de Nova Iorque, os BDRs serão negociados na B3 (foto: Divulgação/Nubank)
Diante do crescimento do número de pessoas físicas no mundo dos investimentos em tempos de juros baixíssimos no Brasil, o Nubank, maior fintech do País, acaba de dar um passo em um mercado de competição cada vez mais acirrada com a aquisição do Easynvest, que possui 1,5 milhão de clientes. O Nubank está bastante capitalizado, visto que acaba de receber um aporte de US$ 400 milhões. Essa é a sua terceira aquisição apenas neste ano.
 
"Nos últimos sete anos, temos desafiado o status quo para criar uma nova geração de serviços na América Latina. Já libertamos 30 milhões de pessoas da complexidade do sistema financeiro por meio de serviços e produtos práticos, convenientes e, principalmente, totalmente focados no cliente. O nosso desejo é fazer isso também no setor de investimentos", afirmou, em nota, o presidente do Nubank, David Vélez.
 
O Nubank informou que, neste momento, nada vai mudar para os clientes das duas plataformas, já que por ora seguirão operando de forma independente. A partir daqui, um grupo de trabalho será formado para planejar os próximos passos de integração dos serviços, o que terá início após as aprovações dos reguladores, o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
 
A empresa, que conta com 26 milhões de clientes, é a segunda maior emissora de cartão de crédito do Brasil, atrás apenas do maior banco do país, o Itaú Unibanco, segundo análise da empresa financeira UBS.
O fundo de private equity Advent International tinha contratado o JPMorgan no início do ano para a venda da Easynvest. A venda ocorre em um momento bastante agitado neste ano, em que o número de investidores pessoas físicas na Bolsa mais do que dobrou em um ano.
 
Outra fintech, a Neon, que acaba de receber um aporte de R$ 1,6 bilhão, anunciou recentemente a compra da tradicional corretora Magliano.
 
*Fintech é um termo que surgiu da união das palavras "financial" e "technology". É um termo usado para se referir às empresas que querem inovar e otimizar serviços financeiros.