O 13º salário já está na conta? Confira dicas para organizar as finanças no fim do ano

O varejo brasileiro prevê para o período do Natal a maior alta do consumo em seis anos. O POVO conversou com especialistas sobre como se comportar financeiramente nessa reta final do ano

10:35 | Nov. 26, 2019

77% dos brasileiros adultos, quase 120 milhões de pessoas, pretendem ir às compras neste fim de ano. (foto: Evilázio Bezerra em 17/12/2018)

Ceias, compras de fim de ano, amigos secretos e presentes para família. Essas são alguns dos itens que podem bagunçar as finanças da população na reta final de 2019. Com o reforço do 13º salário, que tradicionalmente é pago nesse período do ano, é fundamental saber como a verba extra se encaixa no orçamento.

O varejo brasileiro prevê para o período do Natal a maior alta do consumo em seis anos. De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a estimativa é arrecadar R$ 35,9 bilhões, o que representa 4,8% mais do que no ano passado.

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O administrador Haulisson Rener recomenda que as pessoas priorizem parte do dinheiro nessa época para pagar dívidas que estejam pendentes, especialmente as que tenham uma alta taxa de juros ou sejam de caráter essencial, como as contas de água e de luz.

Ele aponta que com planejamento as ofertas podem ser bem aproveitadas. O especialista ainda aconselha que o consumidor fique atento à evolução dos preços, que pode ser consultada em ferramentas da internet, para não cair em promoções enganosas. “É comum a gente ceder ao apelo das propagandas, mas é preciso fazer o caminho inverso e ver quais são nossas reais necessidades”, pontua.

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“Quando for pensar na ceia de Natal, por exemplo, o conselho é adaptar o cardápio ao gosto pessoal e ao orçamento. Às vezes, vale a pena trocar o peru por um chester ou não gastar tanto com alimentos que podem acabar sobrando após a festa”, ressalta.

O economista e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) Alfredo Pessoa alerta que nessa época a criação de novas dívidas se torna comum porque representa uma tentativa da manutenção do padrão de vida anterior. “A conjuntura mundial nos levou à flexibilização do trabalho, redução da proteção social, queda na renda e ao endividamento, que se acentua em períodos festivos”, lamenta.

De acordo com pesquisa feita no mês passado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil, 77% dos brasileiros adultos, quase 120 milhões de pessoas, pretendem ir às compras neste fim de ano. Isso significa que quase R$ 60 bilhões vão girar na economia só por conta da compra de presentes.