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Riscos para a piora da economia mundial parecem mais acentuados, aponta FMI

12:10 | 06/10/2015
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta em documento divulgado nesta terça-feira, 6, que os riscos para a piora da economia mundial parecem "mais acentuados e mais significativos" agora do que há alguns meses, de acordo com o relatório Panorama Econômico Global.

O relatório chama atenção, sobretudo, para a recente piora do cenário para os mercados emergentes e a possibilidade de meses mais duros pela frente. "As condições externas estão ficando mais difíceis para a maioria dos emergentes", afirma o documento. A perspectiva de elevação dos juros nos Estados Unidos e o fortalecimento do dólar já contribuíram para o aumento dos custos de financiamento para estes mercados.

Além disso, a desaceleração da China, que no momento ocorre de acordo com o previsto, vem tendo repercussões internacionais que parecem mais fortes do que o inicialmente estimado, incluindo o impacto nos preços das commodities e na queda das importações do país asiático. "Os riscos de piora da economia mundial aumentaram", afirma o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, em um vídeo divulgado junto com o relatório.

Nesse ambiente, os emergentes não devem ter uma recuperação generalizada em 2016, mas apenas uma "recessão menos profunda" ou uma normalização parcial das condições verificadas em 2015, destaca o documento do FMI, mencionando a recessão mais forte que o esperado no Brasil e na Rússia. Depois de crescerem 4,6% em 2014, a previsão é que a expansão dos emergentes recue para 4% este ano e aumente para 4,5% em 2016.

Entre os principais riscos para a economia mundial, o FMI alerta para uma desaceleração mais forte que o esperado da China; uma queda mais acentuada dos preços das commodities; um fortalecimento adicional do dólar; turbulência forte nos mercados com reflexos nos fluxos internacionais de capital.

Por isso, a recomendação do FMI é a de que políticas que fortaleçam a atividade econômica e reforcem o crescimento potencial, aquele que não gera inflação, devem ser prioridade dos principais governos. O relatório nota que alguns emergentes estão melhor preparados agora para lidar com um cenário de maior volatilidade, mas o Fundo recomenda que os governos fiquem atentos e usem medidas macroprudenciais para lidar com uma eventual piora do ambiente econômico.

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