Opep não deve fechar acordo para mudar nível de produção de petróleo, diz fonte
A Rússia, maior produtora de petróleo do mundo, já disse que não está interessada em cooperação. Os países do Golfo Pérsico que comandam a Opep, por sua vez, também dizem não estar interessados num corte da produção. "A Opep deixou claro meses atrás que não iria interferir para controlar os preços e que é o mercado que deve fazer isso", afirmou um delegado da Opep em Viena.
O resultado mais provável da reunião na sede da Opep é um acordo para um compartilhamento maior de informações, a fim de garantir uma melhor avaliação do mercado, dizem as fontes. Entre os que não são membros da Opep, participam Rússia, Brasil, México, Casaquistão e Colômbia. Noruega, Azerbaijão e Omã ficaram de enviar representantes, segundo fontes da Opep, mas acabaram ausentes.
É a segunda reunião do tipo desde que a Opep decidiu, em novembro do ano passado, manter sua cota de produção, abandonando seu papel costumeiro de controle da oferta para impulsionar os preços. Qualquer corte, segundo o grupo, representaria uma perda de mercado, sem gerar impacto nos preços, diante da forte produção dos EUA. O petróleo Brent oscila desde então entre US$ 40 e 68 o barril, bem abaixo das máximas de US$ 114 do ano passado.
Países da Opep como Venezuela, Argélia e Equador defendem mudanças na política do grupo, querendo cortes na produção e preços mais altos. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, aventou recentemente que a Opep voltasse à política dos anos 1980 de fixar os preços da commodity, estabelecendo uma banda de variação. O delegado do Golfo qualificou a ideia da Venezuela como "irrealista". Fonte: Dow Jones Newswires.