O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, afirmou nesta quinta-feira, 1, que o governo não está considerando um novo aumento da Cide Combustíveis como alternativa para o ajuste fiscal. "Continuamos trabalhando com a CPMF como a contribuição necessária para fazer essa travessia com relação ao quadro fiscal", disse.

Em entrevista concedida na quarta-feira, 30, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, defendeu que o reajuste da contribuição continua sendo necessário, mesmo que em patamar mais baixo. A afirmação veio logo após o anúncio da Petrobras de que iria reajustar os preços de combustíveis. Em janeiro, o governo já aumentou a Cide, que tinha alíquota zerada até então, para R$ 0,22 por litro de gasolina e R$ 0,15 por litro de diesel.

De acordo com o secretário, que participou na manhã desta quinta-feira de reunião na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, o governo está buscando alcançar a meta de resultado primário. "O governo está fazendo redução de gastos, nada sinaliza o contrário, a gente continua buscando reduzir o gasto, aumentar a eficiência do gasto publico", ressaltou.

Segundo ele, o governo acompanha as receitas extraordinárias sistematicamente. "A gente acredita que é possível que os leilões ocorram", disse. Na última semana, o secretário afirmou que medidas como leilões de hidrelétricas e a abertura de capital da Caixa Seguradora e da IRB Brasil poderiam ser revistas a depender das condições de mercado. "Fazemos uma avaliação diária com relação ao risco de mercado", disse hoje. "Continuamos na nossa perseguição da meta na convicção de que esses leilões saiam", completou.