LDC diz observar Brasil mas ainda não encontrou oportunidade no mercado de suco
Terceira maior produtora de suco de laranja do País, a LDC Agroindustrial tenta, com a entrada no mercado brasileiro, minimizar prejuízos seguidos nas operações de produção e de vendas da bebida no mercado internacional, para onde vão 95% das vendas da commodity produzidas nas quatro fábricas no País. Parada, no entanto, engrossou o coro dos descontentes com a situação do País. "Não ficamos felizes com o ambiente de crise e a nossa visão é que isso segue em 2016", disse.
O executivo avaliou que o dólar em um novo patamar de preços, mais próximo dos R$ 4, melhora a competitividade da bebida brasileira mas, em compensação, aumenta os custos da produção. "O benefício da alta do dólar é menor que o imaginado. A maior parte da nossa fruta é contratada em dólar, e os insumos, como os agrícolas e o diesel, além das operações portuárias, são em dólar", disse. "A alta da moeda é muito boa para os produtores, porque os contratos são em dólar", completou Parada.
Segundo o gerente geral da Louis Dreyfus Agroindustrial, a queda na demanda internacional do suco de laranja, principalmente na Europa, é o maior problema da cadeia citrícola. Segundo ele, a recente baixa no consumo na Europa é um desafio maior do que o recuo ocorrido anteriormente na demanda nos Estados Unidos. "A queda na demanda nos Estados Unidos foi compensada pela queda na oferta do suco nos Estados Unidos e não prejudicou nossas exportações. Isso não ocorre na Europa", concluiu.
* o jornalista viajou a convite da CitrusBR