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Refinarias do Ceará e Maranhão deram prejuízo de R$ 3,8 bilhões

Levantamento do Tribunal de Contas da União revela uma diferença de R$ 1 bilhão entre cálculo do tribunal e o valor declarado pela Petrobras. A decisão de não continuar com os equipamentos foi divulgada em janeiro deste ano

11:02 | 28/09/2015
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As refinarias Premium I e II, que seriam instaladas no Maranhão e Ceará, respectivamente, geraram um prejuízo de R$ 3,8 bilhões, de acordo com auditoria recém-concluída pelo Tribunal de Contas da União. Apesar dos investimentos feitos pela Petrobras, os equipamentos não foram instalados e não geraram receitas para os cofres da União.

Em janeiro deste ano, a estatal anunciou o encerramento dos projetos de implantação das refinarias. De acordo com a empresa, a suspensão dos equipamento contabilizava uma perda de R$ 2,8 bilhões.

A diferença de R$ 1 bilhão entre o cálculo do prejuízo feito pela estatal e o do TCU pode estar nas despesas correntes desembolsadas durante as obras, que não contam em termos de baixa nos ativos da empresa.

A secretaria de infraestrutura junto com outros setores do governo estadual estão realizando um levantamento em parceria com o Tribunal de Contas do Estado do Ceará para apurar o valor gasto na Premium II e cobrar o ressarcimento da quantia investida.

 

A força-tarefa da Operação Lava-Jato e do Tribunal de Contas da União (TCU) identificaram uma série de outras obras da Petrobras que também deram prejuízo. Como a construção de dois navios-sonda - Vitória 10000 e Petrobras 10000 - para explorar petróleo nas costas da África e do México. Com investimento de cerca de US$ 1,2 bilhão (mais de R$ 5 bilhões), que também não geraram lucros.

 

Histórico

No Ceará, o ex-presidente Lula lançou pedra fundamental em dezembro de 2010. A primeira vez em que se falou de refinaria no Ceará foi em 1955. Em 1998, o Governo do Estado chegou a anunciar um empreendimento, em parceria com o grupo alemão Thyssen, mas não avançou. Quando o ex-presidente Lula chegou à presidência em 2003, a discussão ressurgiu.
Em 2005, as articulações se intensificaram, mas a refinaria foi para Pernambuco.

Redação O POVO Online com informações do jornal Valor Econômico

 

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