O Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia da construção registrou queda de 5,3% no primeiro semestre deste ano, em comparação com mesmo período de 2014, segundo levantamento feito pelo Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O estudo mostra estimativas do investimento em obras, do PIB e do emprego na cadeia produtiva no primeiro semestre de 2015.

Os setores que mais contribuíram para a retração do PIB da construção foram indústria de máquinas e equipamentos, indústria de materiais e construtoras, com baixas de 19,2%, 9,6% e 6,3%, respectivamente. O segmento de autoconstrução, de obras menores e iniciativas dos próprios moradores, registrou retração de 4,3% e comércio de materiais teve queda de 4,7%.

Segundo o levantamento, o setor da construção ocupou 13,2% de toda a força de trabalho do País no primeiro semestre, tendo adicionado valor de R$ 234,3 bilhões à economia. O levantamento mostra que os investimentos em obras registraram queda de R$ 17 bilhões se comparado ao mesmo período de 2014.

De acordo com o diretor do Departamento, Carlos Eduardo Auricchio, o enfraquecimento do setor representa a perda de 4,8% das pessoas ocupadas na cadeia produtiva da construção. Isso equivale ao fechamento de 614 mil postos de trabalho em todos os elos da cadeia. "Os setores que mais contribuíram foram autoconstrução, com 355 mil vagas, e construtoras com 244 mil vagas fechadas", afirmou.

Para Auricchio, o cenário é preocupante e a expectativa até o final do ano é de piora. "Com a paralisia do governo em definir políticas públicas para o setor e a taxa de juros aumentando, eu não tenho dúvida que vai aumentar o nível de desemprego", disse o executivo.