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BoE avalia que perspectiva econômica do Reino Unido não mudou, apesar da China

09:05 | 10/09/2015
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) se mantém na trajetória para começar a elevar juros no próximo ano, uma vez que os dirigentes de política monetária da instituição concordam que os sinais de desaceleração mais forte na China e a consequente turbulência recente nos mercados financeiros não foram suficientes para alterar a perspectiva da economia do Reino Unido.

Na reunião de política monetária iniciada ontem e concluída nesta quinta-feira, o BoE decidiu manter sua taxa básica de juros inalterada na mínima histórica de 0,5%, nível em que se encontra desde março de 2009, e o programa de compra de ativos em 375 bilhões de libras (US$ 577 bilhões). Dos nove integrantes do comitê de política monetária, apenas Ian McCafferty voltou a defender a elevação da taxa, a 0,75%.

Segundo a ata da reunião, os dirigentes chegaram ao consenso de que é "prematuro" tirar conclusões a respeito do impacto dos eventos recentes da economia mundial no Reino Unido, mas reconheceram que os "riscos de baixa" cresceram.

"Os desdobramentos globais ainda não pareciam suficientes para alterar materialmente a perspectiva central...mas os riscos maiores de baixa para o ambiente global mereceram uma monitoração de perto para qualquer impacto na atividade econômica doméstica", afirmou o BoE no documento.

Para os dirigentes do BoE, ainda é cedo para avaliar como o governo da China vai lidar com a desaceleração de sua economia e a volatilidade dos mercados acionários locais. "As autoridades chinesas estavam lidando com uma transição econômica complicada e era de se esperar alguma volatilidade durante o processo de ajuste", diz a ata.

Em relatório trimestral de inflação, divulgado no mês passado, o BoE sinalizou que continua preparando o terreno para começar a elevar juros em 2016. A ata de hoje sugere que os eventos recentes não alteraram a visão do BC inglês.

No curto prazo, o BoE avaliou que a perspectiva da inflação britânica "mudou pouco" em relação a agosto, embora alguns dos dirigentes que votaram pela manutenção dos juros tenham dito que há risco de os preços ao consumidor subirem em ritmo mais rápido do que o esperado no médio prazo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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