Metalúrgicos da unidade de Sertãozinho (SP) da Dedini Indústrias de Base estão sendo demitidos por carta pela companhia, segundo o sindicato dos metalúrgicos do município. Com a unidade da cidade na região de Ribeirão Preto sem operar, ao menos 270 metalúrgicos - dos 650 da fábrica - receberam comunicados de demissão via Sedex. Desde segunda-feira, 3, funcionários foram dispensados porque estavam paralisados após atrasos no pagamento de salários, o que ocorria desde maio.

Segundo o sindicato local, uma assembleia deve ser realizada nesta sexta, 7, em frente à unidade na cidade paulista. Além da Dedini, a Brumazi, outra metalúrgica fornecedora de bens de capital para usinas e destilarias, demitiu metalúrgicos este mês em Sertãozinho.

Já em Piracicaba (SP), onde foram demitidos 367 metalúrgicos, uma assembleia está prevista para a próxima segunda-feira, 10, às 9 horas, no clube do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade paulista. A informação é do secretário-geral da entidade Wagner da Silveira.

Com 1,4 mil metalúrgicos espalhados em duas unidades fabris, a Dedini ainda segue com a produção em Piracicaba, apesar dos problemas de atrasos no pagamento de salários e rescisões contratuais e ainda da falta de depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No fim de julho, funcionários entraram em greve após os atrasos nos salários, mas o movimento foi suspenso após a companhia informar que haveria o acerto.

"Além de demitirem, não chamaram o sindicato para nada e apenas comunicaram no final do dia de ontem", disse Silveira. A Dedini foi procurada desde o início da manhã desta quinta, mas ainda não se manifestou.