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CCEE já cogita PLD no limite mínimo após desligamento de térmicas

16:30 | 11/08/2015
O anúncio feito pelo governo federal de desligamento de térmicas a partir do último sábado provocou mudanças importantes nas projeções feitas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Responsável pela divulgação semanal do Preço da Liquidação das Diferenças (PLD), a CCEE já cogita a possibilidade de o indicador atingir o patamar mínimo regulatório em março de 2016. Outra previsão relevante está associada ao déficit de geração hídrico (GSF). O indicador, que tem afetado a rentabilidade dos geradores de energia desde o ano passado, deve ficar menos adverso em 2016.

Dados atualizados pela CCEE apontam que o GSF de 2016 deve atingir um valor médio de 84,2%, acima dos 82,7% previstos anteriormente. A elevação de 1,5 ponto porcentual diminui a exposição dos geradores ao mercado de curto prazo. Além disso, segundo a CCEE, o desligamento de 21 térmicas, anunciado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na semana passada, deve ocasionar uma redução de R$ 4,998 bilhões no valor dos Encargos de Serviço do Sistema (ESS) até dezembro.

PLD

As projeções da CCEE indicam que, com o desligamento das térmicas mais caras, a pressão sobre os preços ficará menor, uma vez que o custo marginal de operação (CMO) tende a encolher e, consequentemente, o PLD. Essa queda ficará evidente já nos números de agosto, quando o valor médio do PLD deve se consolidar próximo de R$ 100/MWh.

O indicador manterá tendência de leve queda até fevereiro do próximo ano, já durante o chamado período chuvoso. O PLD previsto para o segundo mês do ano é de R$ 58/MWh para os submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte. A exceção é a região Nordeste, onde os atuais níveis de armazenamento de água nos reservatórios são mais preocupantes. A partir de março, o PLD atingirá o limite mínimo autorizado de R$ 30/MWh, patamar que deverá ser mantido durante parte do próximo ano.

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