Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas cresceram 0,9% de junho para julho, totalizando R$ 615,195 bilhões, conforme dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira, 26. No ano até julho, a expansão está em 3,4% e, em 12 meses, de 13,8%.

Em julho, houve recuo de 10,4% nas linhas de capital de giro (R$ 14,291 bilhões), mas alta de 1,3% no financiamento ao investimento (R$ 588,848 bilhões) e queda de 1,5% nas modalidades para o setor rural (R$ 12,056 bilhões) por parte do banco de desenvolvimento.

Para pessoas físicas, o crédito do BNDES avançou 0,1% de junho para julho, para R$ 44,934 bilhões. As altas no ano até o mês passado e em 12 meses foram de, respectivamente, 4,1% e 13,3%.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou que condições menos favoráveis e ritmo de atividade econômica mais lento levaram à desaceleração das operações de crédito do banco de fomento. Ele ponderou que, se não fosse a alta do dólar frente o real, a expansão de 0,9% corresponderia a queda de 0,3%. "Isso deixa evidenciado a desaceleração dos empréstimos", disse. Maciel observou ainda que, no crédito direcionado, o segmento imobiliário também está em desaceleração, apesar de ainda apresentar crescimentos expressivos.

"Essa moderação mais significativa foi puxada também por algumas alterações nas condições. O porcentual financiado do imóvel foi reduzido e as taxas de juros nesse segmento subiram relativamente comparado ao ano passado", observou. "As taxas de juros, no entanto, continuam sendo favoráveis em relação a média do sistema financeiro. As concessões dos financiamentos imobiliários também apresentam moderação, principalmente nos últimos três meses", disse.