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Negociações com Grécia podem continuar após plebiscito, diz ministro belga

12:50 | 05/07/2015
O ministro de relações exteriores da Bélgica, Didier Reynders, disse neste domingo que mesmo se os cidadãos gregos votarem "não" no plebiscito, as negociações com os parceiros europeus podem continuar. Contudo, o dirigente belga ressaltou que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, estaria em uma posição de negociação enfraquecida.

Enquanto o povo grego vota sobre o resgate, Reynders disse que um voto "não" implicaria em começar do zero para encontrar um novo plano para salvar o país e mantê-lo na zona do euro. Como os empréstimos à Grécia são principalmente de cidadãos europeus, seria difícil fazer maiores concessões, afirmou o ministro, ao observar que a idade de aposentadoria é maior na Bélgica do que a Grécia.

"O primeiro-ministro grego diz que vai ficar mais forte. Mas a democracia está em toda a Europa, não é só a democracia grega", disse Reynders. "Felizmente nós não estamos fazendo plebiscitos em outros países para perguntar se devemos ajudar a Grécia, porque eu acho que haveria algumas surpresas", acrescentou.

Reynders também afirmou que um voto "não" teria um impacto negativo prolongado sobre a própria economia da Grécia. "O choque vai continuar por mais tempo do que o governo grego está alegando. Se for um 'sim', nós vamos ter uma base e podemos trabalhar nessa base. Se for 'não', vamos precisar de renegociar um novo plano, com todos os riscos que isso envolve", disse Reynders.

O ministro belga, que também é vice-premiê, disse que um voto "não" forçaria a zona do euro a preparar medidas para manter a confiança nos outros países do bloco. A economia europeia em geral também seria colocada em risco, acrescentou.

"No momento, a economia europeia está se recuperando ligeiramente, mas se recuperando, de qualquer forma. O resultado do plebiscito pode criar um novo atraso e colocar freios", disse Reynders. Fonte: Dow Jones Newswires.

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