Medidas para setor elétrico em SP incluem gasoduto avaliado em R$ 8 bilhões
Marcos Lutz, presidente da Cosan, afirmou no mesmo evento que a empresa será responsável por coordenar o projeto de construção do gasoduto que ligará o pré-sal da Bacia de Santos ao restante do Estado de São Paulo. O projeto, segundo Meirelles, está avaliado em R$ 8 bilhões. Lutz não confirmou o valor, tampouco informou a origem de tais recursos em sua breve apresentação.
O empreendimento, conforme noticiado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em fevereiro passado, prevê a instalação de uma plataforma na Bacia de Santos. A partir dessa unidade, explica Lutz, será possível trazer hidrocarbonetos até a costa, permitindo assim a disponibilidade de gás natural para a rede da distribuidora de gás Comgás.
Segundo Lutz, o projeto é viabilizado pela expectativa de grande oferta de gás associado à exploração de petróleo no pré-sal de Santos. No futuro, sinalizou o executivo, a restrição à queima de gás poderia se tornar um limitador à produção de petróleo no pré-sal. Por ser um produto associado, o executivo destacou que o custo do gás poderia ser considerado inferior ao do shale gas nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o Estado de São Paulo reduziria a dependência em relação às duas rotas de abastecimento de gás: o gasoduto que vem da Bolívia e a Petrobras.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, informa que, enquanto o gasoduto da Rota 4 não é construído, o aumento da oferta de gás natural pode ser viabilizado a partir da utilização de navios de regaseificação. O governador não forneceu mais detalhes sobre o projeto.
Termelétricas
Meirelles também informou que o governo de São Paulo pretende atrair parceiros privados interessados em construir até seis termelétricas em áreas da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). Cada usina terá capacidade de 250 MW e demandará investimento entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão.