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Imóvel como garantia de financiamento

01:30 | 29/07/2015
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Seu imóvel próprio pode ser uma forma de conseguir financiamento. O nome dessa modalidade de empréstimo é Home Equity, em que o consumidor dá o imóvel, através da alienação fiduciária, como garantia de pagamento da dívida. Nesse caso a propriedade passa a ser do banco durante o tempo em que durar o parcelamento do débito, mas o proprietário continua com o direito de usufruir do patrimônio.

 

Nesse tipo de financiamento, as taxas de juros tendem a ser mais baixas por conta da garantia de pagamento assegurada pelo imóvel. Por exemplo, a taxa de juros do crédito pessoal chega a 4,29% a.m, com prazo de até 48 meses para pagar, enquanto no Home Equity os juros ficam em torno de 1,27% a.m, com prazo máximo de 240 meses. Neste caso, além dos juros, o cliente deve estar preparado para outras despesas, como avaliação do imóvel, taxas bancárias, pesquisas, seguros, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e cartório.


[SAIBAMAIS1]O primeiro passo na contratação Home Equity é a avaliação do imóvel. Podem aderir a essa modalidade de crédito os bens avaliados em até R$ 650 mil. O banco atribui um preço à propriedade e o cliente só poderá sacar no máximo 60% do valor avaliado. A margem de saque é estabelecida pelo Banco Central (BC) e deve ser respeitada pelas instituições financeiras.


Em nota, o BC informa que esta é uma maneira de preservar o imóvel, acomodando fortes oscilações no preço de mercado “de modo que esse preço, muito provavelmente, seja sempre superior ao saldo devedor do empréstimo”.


Vale ressaltar que em caso de execução da dívida, e perda do imóvel, o devedor receberá a quantia restante após a quitação do débito e de outros ônus previstos em contrato.


“O cliente deve estar atento ao que foi acordado. Não só em caso de cobrança do débito, mas também se há alguma vantagem em antecipar o pagamento”, alerta Dráuzio Linhares, advogado especialista em direito imobiliário.

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Cuidados

Para ele, é importante considerar se o dinheiro levantado com o imóvel será suficiente para o objetivo do empréstimo. “Será que vale a pena ter o imóvel preso, adquirir uma dívida e ainda assim não ter o dinheiro suficiente?”, questiona Linhares.

 

Este também o pensamento do economista especialista em finanças pessoais, Érico Marques. Ele indica que antes de recorrer ao Home Equity a pessoa faça um estudo das finanças da família e compare para ver se não existe outra alternativa melhor.


Marques sugere que a pessoa só tome essa atitude caso apareça uma oportunidade de negócio muito boa, que vá dar retorno suficiente para quitar o débito e, para isso, são necessários estudos. Ou em caso de dívidas altas, em que não exista outra possibilidade de conseguir o dinheiro. “Quitar as dívidas com dinheiro do empréstimo não te dá o direito de ficar endividado novamente. Você tem que trocar contas com juros altos e de curto prazo por uma longa e mais barata”, explica.

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