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IGP-10 de julho acelera alta para 0,75%, diz FGV

08:45 | 16/07/2015
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) avançou 0,75% em julho, após subir 0,57% em junho, divulgou nesta quinta-feira, 16, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das estimativas do mercado financeiro, segundo levantamento do AE Projeções, que ia desde um avanço de 0,57% a uma alta de 0,81%, e acima da mediana de 0,69%. O índice de julho retrata a movimentação de preços entre os dias 11 de junho e 10 de julho.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-10. O IPA-10, que representa o atacado, subiu 0,70% neste mês, após avançar 0,34% em junho. O IPC-10, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 0,69% em julho, em comparação com alta de 0,80% no mês anterior. Já o INCC-10, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 1,21%, contra avanço de 1,48% na mesma base de comparação.

Com o resultado anunciado hoje, o IGP-10 acumula altas de 4,89% no ano e de 6,55% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 de julho foi do dia 11 de junho ao dia 10 deste mês. O IGP-DI de junho, que havia captado preços do dia 1º ao dia 30 do mês passado, apresentou alta de 0,68% na leitura mensal.

Atacado

O ritmo de alta de preços no atacado dobrou em julho, movimento puxado essencialmente por matérias-primas brutas como a soja e as aves. Com isso, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou a 0,70% em julho, contra 0,34% em junho, no âmbito do IGP-10.

As matérias-primas brutas, que haviam ficado 0,11% mais baratas em junho, avançaram 1,31% este mês, apontou a instituição. Contribuíram para a aceleração soja em grão (-1,39% para 3,03%), aves (-1,92% para 6,89%) e milho em grão (-6,07% para -0,26%). O minério de ferro seguiu praticamente no mesmo patamar do mês anterior, mas ainda é destaque de alta, com taxa de 5,20%. No sentido contrário, perderam força algodão em caroço (8,40% para -5,00%), bovinos (-0,42% para -0,73%) e laranja (-0,84% para -2,44%).

Entre os bens finais (0,59% para 0,60%), houve pouca mudança. Mesmo assim, o impulso de alta veio do subgrupo alimentos processados, que avançou 0,62% este mês, após elevação de 0,41% em junho. Nos alimentos in natura, também registrou-se aumentos em produtos como a batata-inglesa, que ficou 19,74% mais cara.

Nos bens intermediários (0,45% para 0,32%), dois dos cinco subgrupos perderam força na passagem do mês. O destaque ficou com os materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,55% para 0,27%. A desaceleração veio apesar de o farelo de soja, produto importante nesta classe, ter avançado a 4,55% em julho.

Os preços dos produtos agropecuários atacadistas subiram 0,89% em julho, após queda de 0,50% em junho, segundo a FGV. A instituição informou ainda que os preços dos produtos industriais no atacado registraram alta de 0,63%, ante avanço de 0,66% observado no mês passado.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,60% em julho, após aumento de 0,59% no mês anterior. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, subiram 0,32% neste mês, em comparação com a alta de 0,45% em junho. Já os preços das matérias-primas brutas registraram aumento de 1,31%, ante recuo de 0,11% na mesma base de comparação.

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