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Dois em cada dez brasileiros têm algum crediário

09:40 | 27/07/2015
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Dois em cada dez consumidores (19%) possuem, atualmente, ao menos uma compra cujo pagamento é feito por meio de boleto ou carnê. O crediário, muito utilizado em décadas passadas, quando o acesso ao crédito era mais restrito, ainda é utilizado entre as opções de pagamento. É o que aponta o   estudo realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira 'Meu Bolso Feliz'. A modalidade fica atrás do cartão de crédito, que é usado por 52% do total de consumidores entrevistados.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, "o crediário é para uma parte da população brasileira, sobretudo entre a classe C não bancarizada e os que vivem fora dos grandes centros urbanos, a única via para conseguir realizar compras de valores mais elevados".

Os produtos mais adquiridos com o crediário, de acordo com o levantamento, são eletrodomésticos (44%), eletrônicos (37%), calçados (31%) e roupas (30%). Questionados sobre as principais vantagens desta modalidade, a maior parte dos consumidores cita a possibilidade de dividir o pagamento de suas compras em várias vezes (37%), poder parcelar uma compra mesmo sem ter cartão ou cheque (14%) e ter prazo para realizar o pagamento (13%). "Parcelar as compras é um benefício do crediário, mas que deve ser utilizado com cautela. O consumidor deve evitar fazer muitas prestações simultâneas para não perder o controle do seu orçamento", diz o educador financeiro do portal 'Meu Bolso Feliz', José Vignoli.

Preocupação com a menor taxa de juros

O estudo também investigou outras modalidades de crédito utilizadas pelos brasileiros na hora de realizar suas compras. O ranking das modalidades mais utilizadas, excluindo o cartão de crédito, traz o empréstimo pessoal (37%), o empréstimo consignado (28%), o financiamento (22%) e o cheque pré-datado (9%).

O estudo mostra que nem todos os brasileiros se preocupam com o peso dos juros no ato da compra. Dentre os consumidores ouvidos pelo levantamento, 16% argumentam que nem sempre podem escolher a forma de pagamento mais barata e, por isso, acabam adquirindo a modalidade para a qual conseguem aprovação, independentemente da taxa de juros. O percentual aumenta para 21% na Classe C. Há ainda aqueles que analisam apenas se o valor da parcela cabe no bolso, ignorando o valor total desembolsado (13%).
Redação O POVO Online
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