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Confiança do Comércio atinge menor nível desde 2010

O indicador engloba tanto os segmentos varejistas quanto atacadistas. Segundo consultor da FGV, não há sinal de que o quadro vá melhorar nos próximos meses

09:25 | 24/07/2015
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 1% em julho deste ano, em comparação a junho, atingindo 89,8 pontos, o menor índice da série histórica iniciada em março de 2010, na série livre de influências sazonais. O ajuste sazonal ocorre quando os técnicos que realizam a pesquisa descontam o aumento ou diminuição das vendas de produtos em feriados ou datas comemorativas.

Os dados constam da Sondagem do Comércio, indicador divulgado nesta sexta-feira, 24, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que atribui a queda de julho à piora das expectativas em relação aos próximos meses, uma vez que o Índice de Expectativas (IE-COM), um dos componentes do Icom, chegou a cair 4,6%, influenciado sobretudo pelo recuo do fator que mede o grau de otimismo dos empresários em relação à evolução da situação nos seis meses seguintes.

O Icom tem uma média histórica de 122,2 pontos. Quanto mais baixa for pontuação em relação à média histórica, pior é a avaliação que as empresas fazem da situação dos negócios do momentos e das expectativas em relação ao comércio no futuro. A pesquisa abrangeu todos os segmentos do comércio do país. O indicador engloba tanto os segmentos varejistas quanto atacadistas.

Segundo consultor da FGV, Silvio Sales, não há sinalização, nos dados apresentados pela Sondagem do Comércio,  de que o quadro vá melhorar nos próximos meses. “De modo geral, os indicadores se mantêm em patamar historicamente baixo e as expectativas prosseguem piorando, em linha com o contexto de redução no nível de emprego e desaceleração do consumo doméstico”, disse. .

O levantamento da FGV indica que o Índice da Situação Atual (ISA-COM), que retrata o grau de satisfação com a demanda, avançou 6,3%, atingindo 64,4 pontos em julho. A melhora deste indicador, no entanto, não foi generalizada.

No mais tradicional conceito de varejo restrito, o ISA-COM recuou 1%. No que a FGV define como “conceito de varejo ampliado”, que inclui automóveis e material de construção, também houve queda, embora de apenas 0,5%.

O único grande segmento a registrar melhora na percepção sobre a situação atual dos negócios foi o Atacado. Neste caso, houve alta de 14,8%, resultado que sucede duas quedas: 7,3% em maio e 7,2% em junho.

A edição de julho de 2015 coletou informações de 1.209 empresas entre os dias 1º e 21 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem do Comércio ocorrerá em 31 de agosto de 2015.
Agência Brasil
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