O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, nesta quarta-feira, 29, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual para 14,25% ao ano. A alta vai ao encontro da expectativa da maior parte do mercado financeiro, segundo pesquisa do AE Projeções. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 1º e 2 de setembro de 2015.

A Força Sindical criticou a decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros. Para a entidade, a alta "é extremamente perversa com os trabalhadores". De acordo com a Força Sindical, ao elevar a Selic, o Copom continua colocando uma trava no desenvolvimento e no crescimento econômico do País. "A alta é um verdadeiro balde de água fria na economia, que já está praticamente estagnada", aponta a Força Sindical, em nota.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a alta da taxa básica de juros ao ano deve retrair ainda mais a atividade industrial e aprofundar a recessão. "Os juros altos encarecem o capital de giro das empresas, inibem os investimentos e desestimulam o consumo das famílias", critica a CNI, em nota.

Para a confederação das indústrias, a política monetária não deveria ser o único instrumento utilizado para controlar os preços, em função da forte desaceleração da economia. "A recente diminuição da meta de superávit primário não deve ser um fator para comprometer a necessidade de redução dos gastos públicos", cita a nota.