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Indústria sentirá mais a alta da inflação em 2015 na avaliação do BC

11:25 | 24/06/2015
Estudo do Banco Central apontou que a propagação da inflação será maior nos preços do setor de produtos industriais e mais baixa nos de preços administrados. Para o BC, os resultados do estudo sugerem menor grau de persistência para a inflação "plena" deste ano.

O estudo "Persistência inflacionária a partir de Choques Setoriais" foi incluído em boxe no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, divulgado nesta quarta-feira, 24. No estudo, o BC chama a atenção para o fato de que o grau de persistência é uma característica relevante para a determinação da dinâmica da taxa de inflação. Na avaliação do BC, a correta mensuração da persistência inflacionária é de suma importância no processo de condução da política monetária.

O estudo mostrou que, apesar de os preços administrados terem sido considerados mais exógenos, o que tenderia a contribuir para sua maior propagação devido à "resposta contemporânea" de todos os demais setores, os resultados indicam que esse é o setor com menor propagação de alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). "A inflação apresenta-se mais concentrada em setores de propagação mais baixa, sugerindo assim um menor grau de persistência da inflação corrente devido à sua distribuição setorial", destaca o estudo do BC apontando para as diferenças na dinâmica inflacionária nos setores econômicos.

Os preços administrados são menos sensíveis às condições de mercado, uma vez que são estabelecidos por contrato ou por regra definida por órgão público ou por agência reguladora. O diretor de Assuntos Internacionais, Tony Volpon, já havia chamado atenção para a inércia inflacionária em palestra a investidores em Londres. No evento, Volpon sugeriu que a inércia esperada pelo mercado estaria superestimada.

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