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Indústria de transformação vai cortar 32,7% do investimento em 2015, diz Fiesp

17:50 | 16/06/2015
A indústria de transformação vai cortar neste ano 32,7% do investimento total em relação a 2014, de acordo com pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em 2014, o valor foi de R$ 163 bilhões e este ano deve cair para R$ 109,7 bilhões, o que representa R$ 53,3 bilhões a menos em máquinas, equipamentos e instalações, gestão, inovação e pesquisa e desenvolvimento (P&D). No faturamento das empresas, o investimento deve cair de 6,9% em 2014 para 4,8%.

Segundo a pesquisa, grande parte do corte se concentra nos investimentos em máquinas, equipamentos e instalações, com R$ 41,5 bilhões (38%) a menos. Essa diminuição indica que a indústria não deve aumentar a capacidade de produção em 2015.

Os dados da pesquisa mostram que 62% dos entrevistados apontam o aumento da carga tributária como principal causa da redução dos investimentos. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, diz que um ajuste deveria ser feito para estimular o setor. "O governo precisa reduzir suas despesas, se possível reduzir os impostos, aumentando a competitividade dos setores produtivos, e reduzir juros. É justamente o contrário do que está fazendo", afirmou, em nota distribuída à imprensa.

A pesquisa ainda reflete a apreensão dos empresários, já que a preocupação com o baixo crescimento atinge 50% das empresas, nível recorde desde a primeira edição do levantamento, em 2009. Nos investimentos em gestão, o corte deve ser de R$ 3,8 bilhões (23,7%). Inovação perde 18% em relação a 2014, ficando com R$ 3,8 bilhões a menos. P&D tem redução de 25%, um recuo de R$ 4,1 bilhões na comparação com 2014.

De acordo com o levantamento, feito pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, a proporção das empresas industriais que não farão investimento mais que dobrou, e passou de 19,4% em 2014 para 44,4% em 2015. Os dados da Fiesp mostram que as pequenas empresas vão cortar mais, com uma redução do investimento total de 42,8%. As médias devem reduzir 38,8% e as grandes, 29,3%.

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