Dias se diz disposto a negociar para evitar possíveis demissões no HSBC
Os parlamentares também estão preocupados com a perda de receitas que o banco proporciona. O ministro do Trabalho afirmou ainda que conversou com o presidente do HSBC, André Brandão, e que marcou uma reunião com os parlamentares e o dirigente do banco para conversar sobre o impasse. "Toda negociação deste tipo passa pelo governo, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pelo Banco Central", justificou, ao ser questionado sobre como o governo poderia intervir em uma negociação privada.
O deputado João Arruda (PMDB-PR) quer que o governo condicione e busque, junto com o banco, a manutenção do emprego. Sobre as receitas que o banco gera, o deputado Enio Verri (PT-PR) afirmou que as empresas de call centers, por exemplo, demitirão os funcionários ligados ao banco.
O governo terá tempo para negociar os empregos. O ministro Manoel Dias ressaltou que, como não existe uma decisão sobre a venda, o governo tem tempo para buscar alternativas. "O tempo não será curto e nós vamos envolver todos os órgãos do governo nessa negociação", ponderou. O Ministério da Fazenda enviou um representante para a reunião.
O Brasil tem demitido mais do que contratado em 2015. No mês passado, o País fechou 115.599 vagas de emprego formal.