Aneel vai propor que empresas cumpram Lei das S/A sobre dividendos
Para Rufino, se a empresa está com dificuldades financeiras, não entrega serviços de qualidade e exige um aporte dos acionistas, "não faz sentido distribuir dividendo incompatível com sua saúde financeira". "Muitas vezes, os administradores fazem e cumprem metas de curto prazo, para apresentar um bom desempenho em um ano, que acaba comprometendo o futuro da empresa. Nós defendemos uma visão de médio e longo prazo", disse.
Rufino usou como exemplo o caso do Grupo Rede, que manteve uma política de distribuição de dividendos para acionistas mesmo numa situação insustentável, que acabou levando a empresa à falência. "O acionista que recebeu dividendos do Grupo Rede pode ter gostado em um primeiro momento, mas no segundo momento certamente não gostou, pois a empresa faliu."
O diretor-geral ressaltou ainda que a Aneel deve abrir audiência pública para discutir especificamente a questão da distribuição de dividendos das elétricas. A proposta apresentada hoje apenas abre a possibilidade de que a Aneel modifique essa política. "Depois vamos disciplinar o assunto, que terá regulamento próprio e será alvo de audiência pública."