Número de horas pagas na indústria recua 0,3% em março, aponta IBGE
Na comparação com março do ano passado, 16 dos 18 setores apontaram taxas negativas, com destaque para meios de transporte (-9,8%), produtos de metal (-10,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,4%), alimentos e bebidas (-2,1%), máquinas e equipamentos (-6,0%), calçados e couro (-9,5%), outros produtos da indústria de transformação (-8,6%), vestuário (-4,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (-9,4%). Por outro lado, o setor de produtos têxteis, com ligeira variação de 0,1%, assinalou o único resultado positivo no mês.
Com o resultado de março, o número de horas pagas na indústria acumulou queda de 0,4% no primeiro trimestre contra o último trimestre do ano passado. Já na comparação com os três primeiros meses de 2014, o recuo foi de 5,2%, a 12ª taxa negativa seguida nesta comparação. Em 12 meses até março, o número de horas pagas na indústria cai 4,6%.
Folha de pagamento
De acordo com IBGE, o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria subiu 0,1% em março ante fevereiro, já descontados os efeitos sazonais. Apesar do resultado, o índice acumula queda de 2,8% em 12 meses.
Em março, houve influência positiva do setor extrativo (11,8%), após recuo de 17,9% no mês anterior, uma vez que a indústria de transformação (-0,4%) permaneceu apontando recuo pelo terceiro mês seguido.
Em relação a março de 2014, a folha de pagamento real diminuiu 4,3% em março deste ano, a 10ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. As perdas nesta base foram registradas em 17 das 18 atividades pesquisadas, com destaque para meios de transporte (-8,4%), produtos de metal (-9,1%), metalurgia básica (-9,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,6%), máquinas e equipamentos (-2,9%), calçados e couro (-8,8%), borracha e plástico (-4,0%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,5%) e produtos têxteis (-3,4%). Por outro lado, o setor de madeira (+0,3%) assinalou a única taxa positiva no mês.
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o valor real da folha de pagamento da indústria recuou 0,5% em relação aos últimos três meses do ano passado e cedeu 4,9% ante o primeiro trimestre de 2014.