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Metalúrgicos da GM em São Caetano do Sul, em SP, aprovam lay-off

18:50 | 15/05/2015
A General Motors (GM) confirmou nesta sexta-feira, 15, que um novo grupo de trabalhadores do complexo industrial de São Caetano do Sul (SP) entrará em lay-off (suspensão temporária dos contratos) a partir de segunda-feira, 18, com duração de cinco meses. A montadora não confirmou números, mas, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, serão 900 funcionários.

De acordo com a GM, a medida tem o objetivo de ajustar produção à atual demanda do mercado por veículos novos, cujas vendas acumulam queda de 19,2% nos quatro primeiros meses deste ano. A proposta foi acordada entre o sindicato e a empresa durante reunião na quarta-feira, 13, e aprovada pelos trabalhadores da unidade em assembleia geral na tarde desta sexta-feira.

Dos 900 trabalhadores que entrarão em lay-off, o sindicato explicou que 386 fazem parte do grupo de 436 metalúrgicos que estavam em licença remunerada desde 6 de maio, por tempo indeterminado. Os outros 50 que estavam afastados foram mandados embora no grupo de 150 funcionários demitidos na sexta-feira (8). Os outros 514 empregados do lay-off estavam trabalhando normalmente.

Segundo o sindicato dos metalúrgicos, os trabalhadores acertaram com a montadora estabilidade de seis meses após o lay-off. Caso sejam demitidos, a empresa se comprometeu a pagar seis salários. Durante os cinco meses de suspensão dos contratos de trabalho, a entidade informou que os 900 trabalhadores assumiram o compromisso de fazer cursos de "atualização profissional".

Os 900 trabalhadores se juntarão a outros 819 que já estão com contratos suspensos em São Caetano desde novembro. Eles deveriam ter retornado ao trabalho em 10 de abril, mas a montadora prorrogou o afastamento até 9 de junho. No País, a GM possui ainda 798 metalúrgicos em lay-off na fábrica de São José dos Campos (SP), sendo 473 desde março e 325 desde 8 de maio e em ambos os casos até 8 de agosto.

Gravataí

A GM informou hoje que a produção no complexo industrial em Gravataí foi normalizada desde a quinta-feira, 14. Na fábrica, os três turnos estavam parados desde terça-feira, 12, por causa da decisão das empresas Tegma e Transzero de parar o transporte de veículos produzidos na unidade, por divergências em relação ao custo do frete. A empresa não informou se a chegou a um acordo.

Volvo

Na fábrica da Volvo em Curitiba, a produção seguiu paralisada pelo sexto dia útil consecutivo, por causa da greve dos funcionários em protesto contra decisão da montadora de encerrar o segundo turno da produção de caminhões na unidade, medida que resultou num excedente de 600 trabalhadores. Na tarde de hoje, trabalhadores e montadora se reuniram para negociar, mas nenhuma informação foi divulgada até o fim da tarde.

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