Metalúrgicos aceitam acordo e greve da Chery chega ao fim
Durante a assembleia o presidente sindical Antônio Ferreira de Barros disse que a categoria sai fortalecida da greve. Para ele, o modelo brasileiro de trabalho transpôs o modelo chinês que a montadora tentou implantar no país. "Isso é uma vitória importante não só para a Chery, mas para todos os trabalhadores brasileiros", comemorou. A mobilização dos metalúrgicos do Vale do Paraíba foi uma das mais longas em todo o país.
A aceitação do acordo ainda não põe fim ao processo de negociação entre trabalhadores e a montadora chinesa. Um dos pontos principais era a equiparação salarial da categoria - o piso na empresa passou de R$ 1.199 para R$ 1.850, retroativo a 1º de abril. No acordo a empresa aceitou a redução de jornada de 44h para 42h semanais, além da estabilidade nos empregos por 90 dias. Os 20 dias úteis de produção paralisada serão trocadas por 4 sábados ainda este ano.
Em data a ser definida, o Tribunal Regional do Trabalho julgará a pauta que inclui o mesmo reajuste de 54% aos funcionários que recebem acima do piso - cerca de 30% do quadro de empregados, a implantação de plano de carreira, entre outros pontos de divergência.